Américo, antigo guarda-redes de futebol do FC Porto e de Portugal, o senhor Américo Ferreira Lopes, faleceu. Desaparecido fisicamente na sexta-feira, 22 de setembro, com 90 anos de idade, completados em fevereiro passado.
O seu fubneral será no domingo …
(em edição…)
Américo chegou ao FC Porto em 1951/52, em 1952 subiu aos
seniores e esteve no clube da Invicta até 1969, com interrupção de 2 anos em que esteve na
tropa (serviço militar) sem jogar e depois apenas 1 ano de interregno por
empréstimo ao Boavista (1 época). Desde 1961/62 foi o titular da baliza do FC
Porto. Foi Campeão Nacional em 1958/1959 e vencedor da Taça de Portugal em
1967/1968. Vencedor do troféu Baliza de Prata e Troféu Pinga, Prémio da
Imprensa, Prémio da Quinzena da RTP, Prémio Jornal O Porto, Prémio Somelos-Helanca de A Bola, Prémio O
Norte Desportivo, etc. recebeu por fim o Dragão de Ouro-Recordação/Saudade.
Américo Ferreira Lopes, o grande guarda-redes de futebol Américo, guardião titular do FC Porto da vitória na Taça de Portugal de 1968, um dos Campeões Nacionais de 1958/1959, de cujo célebre campeonato vencido contra o Calabote era o único ainda sobrevivente, e especialmente meu ídolo desportivo de tempos de infância e juventude, sobre o qual mantenho uma admiração especial no mundo de afeto portista… faleceu esta sexta-feira, dia 22 de setembro de 2023, com 90 anos, de vida. Havendo comemorado seu 90.º aniversário natalício a 27 de fevereiro deste ano 2023. Nascido que foi a 27 de fevereiro de 1933 em terra de Santa Maria, na sua terra de Santa Maria de Lamas, concelho de Vila da Feira, atual e oficialmente Santa Maria da Feira. Tendo falecido na terra afetiva da sua residência, em S. Paio de Oleiros, do mesmo concelho Feirense.
Como enquadramento, para situar no tempo e espaço de memória, recorda-se que Américo, depois de ter estado durante anos como suplente (primeiro de Barrigana, depois de Pinho e por fim de Acúrcio), havendo chegado ao plantel sénior do FC Porto em 1952 e se estreado na baliza da equipa principal em Dezembro de 1952, para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1952/1953 (tendo pelo meio visto o tempo de tropa lhe interrompido a carreira por dois anos de inatividade desportiva, para depois no regresso ainda ter jogado pela equipa principal alguns jogos em 1954, enquanto fazia carreira a ganhar experiência nos campeonatos de reservas, passando depois uma época de empréstimo ao Boavista, de permeio com anos nas Reservas do FC Porto) além de também ter sido Campeão Nacional em 1958/59, como utilizado que foi no campeonato dessa época, só em 1961/1962 conseguiu passar a guarda-redes principal portista. Mas logo que ficou a ser dono da camisola n.º 1 do FC Porto mostrou o que era e como era, sendo mesmo o guardião salvador da honra defensiva azul e branca. Como, por exemplo, demonstraram suas exibições em célebres vitórias, quão foram as alcançadas em casa do Benfica e do Sporting, com portentosas defesas que fizeram o mundo da bola ficar com o nome de Américo nos sentidos. Conforme aconteceu em 1962 e 1963 sucessivamente, quer no jogo Benfica-FC Porto, na Luz em novembro de 1962 (na vitória dos homens do Porto por 1-2, com 2 golos de Azumir pelos Portistas) e em Alvalade no Sporting-FC Porto, em março de 1963 (0-1, golo de Serafim). Jogos em que Américo defendeu a virtude portista lá atrás, enquanto na frente os avançados conseguiram desfeitear os defensores das redes adversárias. Conforme foi retratado por imagens e palavras escritas no então existente jornal Diário de Lisboa, em cujas páginas lisboetas as mágoas foram carpidas na atenuante da grande valia do guardião do FC Porto…
Faz-se assim apontamento de exceção, como simples exemplos, com respigos do referido jornal Diário de Lisboa, perante o que ali ficou expresso, inclusive fazendo a comparação e distinção entre os guarda-redes de um lado e do outro, mais outros aspetos sintomáticos. Sendo ao tempo Américo o nome de quem mais se falava e escrevia.
Posto isto, faz-se um linha da narrativa de sequência desses tempos de afirmação como guarda-redes da camisola n.º 1 do FC Porto – focando ideia em publicações dessas épocas do jornal O Porto:
– Exemplo do que se passava com as chamadas às seleções Nacionais A e B de futebol. Quando Américo passou a ser convocado, mas depois não era escalado para jogar… Tal o que ocorreu então em 1963, como foi relatado no jornal O Porto de 6 de Abril de 1963. Eram muitos os chamados, em sinal de reconhecimento de valia, mas depois eram postos de lado, desconvocados ou a ficarem a suplentes nos jogos das equipas representativas de Portugal, melhor dizendo da Federação Portuguesa de Futebol do regime BSB. Conforme se pode ver pela notícia, no caso, tendo estado selecionados dessa vez sete portistas: Américo, Jaime, Pinto, Festa, Serafim, Paula e Hernâni – com a história que depois foi como se sabe… ter sido!
– Em virtude de sua maneira destemida de sair à defesa da bola, dando o corpo ao manifesto para defender a honra da equipa, Américo sofria por vezes lesões, quantas vezes em resultado de autênticas agressões no rescaldo de movimentos das jogadas. Como no caso exemplificado numa foto publicada no jornal O Porto de 6 de novembro de 1963, ilustrando uma das ocorrências no Leixões-FC Porto dessa época. Sendo que a disputa dos jogos entre a equipa azul e branca Portista e a dos vermelhos e brancos Matosinhenses sempre foi pródiga em picardias, na luta de um pequeno que se quer agigantar diante de um grande.
– Chegado 1964 e já como fruto do entrosamento do setor defensivo da equipa portista, acrescido da confiança que Américo dava a seus colegas e esses se empertigavam no exemplo do guardião da sua retaguarda, os defesas do FC Porto passaram a ser vistos e analisados como os menos batidos. Tal era essa defesa com Américo, mais Arcanjo, Festa e Almeida, a que se podia ainda juntar Atraca (além de Virgílio, então em fim de carreira, esse ao tempo mais internacional dos internacionais, à época). Tendo no jornal O Porto, em sua edição de 19 de fevereiro de 1964, sido referenciado essa mais-valia coletiva, denominando-os por simpatia histórica como três Mosqueteiros, embora na junção de 4, que seria de cinco ou mais… interessando que a “Defesa do FC Porto” era a menos batida, com menos golos sofridos, ao longo dessa época de 1963/1964.
– Na continuidade da fechadura a sete chaves com que Américo guardava a baliza do FC Porto, foi ele mais uma vez um dos heróis do FC Porto-Benfica de 1963/1964, jogo terminado com um empate de 1-1 diante das expetativas. Onde pousavam as atenções, atendendo ao que se passara na época anterior, quando o árbitro Reinaldo Silva inventou um penalti num lance disputado fora da grande área e com isso derrotou o FC Porto, a ponto desses 2 pontos escamoteados terem impedido o FC Porto de ser campeão. Desta vez, embora o resultado tenha ficado empatado, o trabalho do árbitro foi justo, segundo a crónica do jornal O Porto. Em cuja edição de 22 de abril de 1964 foi enaltecido o comportamento de Américo. Conforme se respiga e para aqui se transporta, junto com pose da equipa de um dos jogos desse campeonato em que o FC Porto foi Vice-campeão.
– Entretanto, tendo finalmente chegado a hora de Américo ser chamado a jogar como titular na Seleção Nacional, tendo alinhado na equipa das quinas junto com o colega portista Alberto Festa, no jornal O Porto de 6 de maio de 1964 foi dada uma “achega”, a propósito, na rubrica “O Porto a rir”, coluna tradicional do conhecido publicista João Manuel.
– De harmonia com o desempenho desenvolvido ao longo da época por toda a defesa da equipa portista, e sobretudo pela regularidade do último elemento de lá atrás na baliza, no final do Campeonato Nacional de 1963/1964 Américo foi o guarda-redes que sofreu menos golos de todos os participantes no Campeonato da 1.ª Divisão. Como tal, tendo sido o menos batido, venceu o Trofeu Baliza de Prata que nessa época havia sido instituído pela Agência Portuguesa de Revistas, para agraciar o guarda-redes assim reconhecido. Conforme ficou para a história e logo na ocasião, com a satisfação de admiradores e adeptos portistas, foi noticiado também no jornal O Porto – de cuja notícia deu conta assim o jornal do clube, no respetivo número de 22 de maio de 1964, com a honra em título: “AMÉRICO 1º vencedor da Baliza de Prata”.
– Após as primeiras chamadas à Seleção Nacional B e depois à A, Américo voltou a ter outra Internacionalização em deslocação da Seleção Portuguesa ao Brasil, no final do mês de maio desse ano. Como bem ficou referido no jornal O Porto de 3 de junho de 1964.
A 30 de Setembro de 1964, quarta-feira à noite, realizou-se em género de festival noturno de futebol uma Festa de Homenagem ao guarda-redes portista Américo.
Então em 1964, quando Américo era já muito popular futebolista do FC Porto, e como reconhecimento a sua valia demonstrada em diversos prémios de reconhecimento com que fora entretanto agraciado, teve então sua festa de Homenagem. Como antes foi anunciado – conforme deu nota atempadamente o jornal O Porto, apresentando o respetivo programa.
Ora, nessa quarta-feira, em noite de futebol, como ao tempo era já ocasião de jogos importantes, e passadas duas semanas de o estádio das Antas ter sido local do jogo internacional que resultou na primeira vitória do FC Porto em jogos oficiais das competições europeias, contra os franceses do Lyon, o estádio do FC Porto voltou a ter noite de gala com a Festa de Américo. Em dia chuvoso, que acabou por impedir maior assistência, mas sem retirar brilho à Festa. Como foi descrito na reportagem então publicada no jornal O Porto, em seu número da semana seguinte.
Estando aí tudo descrito, na crónica de O Porto, sobre essa Festa que teve como pontos altos os momentos de reconhecimento ao Américo, e como prato forte do programa um jogo do FC Porto com o Sporting, acrescente-se a constituição das equipas, como alinharam de início (pois Américo, que se encontrava lesionado, foi depois substituído por Rui na baliza).
Como enquadramento da época e em sinal da admiração pessoal nutrida por esse senhor guardião do FC Porto, recua-se a esse tempo também com imagem textual de crónica escrita por um então pequeno aluno do ensino primário, ainda. Quando aqui o autor também desta lembrança andava na 3.ª Classe e, com letra e narrativa própria dessa idade, registei a Festa de Homenagem ao Américo numa folha de meus apontamentos, depois arquivados e sempre guardados.
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Tanto que de seguida Américo já foi o titular
da camisola nº 1 da Seleção A até se ter lesionado e acabado a carreira de
jogador. Mas foi tarde, então, e assim só
jogou 15 vezes pela Seleção A e 1 pela B, por isso mesmo…
De especial destaque, o facto de Américo ter sido reconhecido como o Melhor do Campeonato de 1967/68, por exemplo. Atendendo a esse jornal ser afeto ao Benfica, ter também jornalistas seus com costela de Sporting e ser totalmente avesso ao FC Porto.
Com efeito, a 12 de maio de 1968 Américo foi consagrado o melhor jogador do Campeonato Nacional de 1967/1968, ocasião em que com essa distinção conquistava a I.ª edição do Prémio Somelos-Helanca. Ocorrência registada em dia das cerimónias noturnas de Fátima.
Ora, porque há curiosidades destas sempre dignas de serem lembradas, vem a propósito evocar esta, em jeito de qualquer coisinha relacionada.
Pois é, esse foi um período, mesmo, de cuja época ainda ecoam na caixa de ressonância da memória diversas passagens do tempo de nossas vidas. Como em casos pessoalmente vividos, há algumas décadas… e curiosamente de ocasiões relacionadas com Américo, meu grande ídolo desportivo de minha infância portista.
O guardião Américo já antes tinha sido o primeiro guarda-redes a ganhar a 1ª edição da Baliza de Prata, como guarda-redes menos batido em 1964.
Depois de uma época nos juniores, tendo começado oficialmente na formação portista em 1951, estreara-se como sénior no FC Porto em 1952/53.
Volvidos anos teve direito à faixa de Campeão Nacional, pois jogou uma vez com a camisola n.º 1 já no campeonato ganho em 1959, fazendo jus à honra acrescida; até que depois alcançou a titularidade em 1961/62. Isso após ter sido suplente de Barrigana, Pinho e Acúrcio, de permeio com intromissão da tropa, cujo serviço militar obrigou a dois anos de paragem futebolística, seguindo-se alguns anos a terceiro guarda-redes do plantel, com passagem pelas Reservas (equipa B) do FC Porto, incluindo empréstimo por uma época ao Boavista, até que ficou dono das balizas do FC Porto como titular indiscutível da equipa principal portista de 1961/62 a 1968/69 (quando teve de terminar a carreira devido a grave lesão). Disputou 256 jogos oficiais pela equipa A do FC Porto, que lhe valeram 🥇 1 Campeonato Nacional, em 1958/59 e 🏆 1 Taça de Portugal, de 1967/68. Algo assinalável, nesse tempo do sistema federativo BSB…
Passados anos e de tantas peripécias, em 1969, finda a época de 1968/1969 e antes do início da seguinte de 1969/70, Américo teve a sua Festa de Despedida.
Américo foi guarda-redes do FC Porto entre 1950/51 a 1969. Primeiro nos juniores portistas e a partir de 1952/53 nos seniores. Tendo no plantel principal inicialmente estado como suplente de Barrigana, com o serviço militar pelo meio a interromper a carreira por dois anos em que não jogou, voltando depois para jogar nas Reservas (equipa B), de permeio com uma época emprestado no Boavista, e depois voltando como suplente de Acúrcio; até que em 1961/62 ganhou o lugar principal e desde aí ficou como guarda-redes nº 1 do FC Porto. Tendo acabado a carreira em 1969 por motivo de forte lesão num joelho.
Particularidades da vida de Américo Ferreira Lopes:
– Nacionalidade Portuguesa.
– Natural de Santa Maria de Lamas, do concelho nesse tempo chamado Vila da Feira e hoje Santa Maria da Feira, nasceu a 27 de fevereiro de 1933 (embora fosse e ficasse registado como nascido a 3 de março – conforme foi assim indicado e anotado oficialmente, por via de não pagamento de multa, como ao tempo acontecia quando se procedia ao registo civil fora de prazo legal).
– Filho de Manuel António Lopes e D. Saladina Ferreira de Melo.
– Irmãos: 3 raparigas e um rapaz.
– Casado com D. Arminda Ferreira Couto.
– Clubes representados: União de Lamas (no início de carreira), FC Porto (nos juniores desde 1951, tendo jogado ainda parte da época 1950/51 e já toda a de 1951/52; e a partir de 1952, desde a época de 1952/53, já nos seniores), depois Boavista, de permeio (1 época, por empréstimo, em 1957/58 – continuando a pertencer ao FC Porto), e de novo e por fim o FC Porto (até 1969, terminando ao final da época de 1968/1969
Títulos conquistados: Nos seniores e equipa de honra de FC Porto – 1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (de 1958/1959); 1 Taça de Portugal (1967/1968); 7 Taças Associação de Futebol do Porto (Anos 60), mais alguns torneios, como por exemplo o Trofeu Luis Otero, em Pontevedra, e o Trofeu Corpus Christi em Ourense, ambos na Galiza-Espanha. E quando junior no FC Porto – 2 Campeonatos Regionais de Juniores.
– Internacionalizações: Foi “Internacional” 16 vezes pela chamada Seleção Nacional, sendo 1 na B e 15 na A (além das diversas vezes que foi selecionado mas esteve como suplente não utilizado). Havendo jogado pela seleção B contra a Bélgica e pela A com a Suíça, Bélgica, Argentina, Inglaterra, Brasil (2 vezes), Roménia (2), Itália, Suécia, Noruega (2), Bulgária (2) e Grécia. Isso em tempo de poucos jogos das seleções portuguesas (quão só por uma vez houve apuramento para fases finais e tal aconteceu para o Mundial de 1966 – em cuja fase em Londres Américo ficou de fora, pela proteção aos do sistema BSB – tendo mais tarde o selecionador reconhecido o erro, pois com Américo Portugal poderia ter conseguido muito mais que o 3º lugar obtido).
– Distinções Desportivas: Baliza de Prata” (da Agência Portuguesa de Revistas, por ser o guarda-redes com menos golos sofridos no Campeonato Nacional de 1963/64, “Óscar da Quinzena” (da RTP), em 1964; “Prémio do jornal O Porto”, 1965; “Troféu Pinga”, em 1966 (máximo galardão do FC Porto, antecessor do Dragão de Ouro); “Medalha de Ouro Ao Mérito” da Federação Portuguesa de Futebol (por ter feito parte dos 22 Magriços na campanha do Mundial de 1966); “O Melhor do Ano” (escolha do programa radiofónico “Escolha o seu Ídolo”), em 1967; “O Melhor Desportista do Ano”, do jornal O Norte Desportivo, 2 vezes, em 1967 e 1968; “Prémio Imprensa”, da Casa de Imprensa de Lisboa; “Prémio Somelos-Helanca”, do jornal A Bola, em 1968; “Dragão de Ouro-Recordação”, em 2017.
– É uma das lendas do grande clube FC Porto, com placa alusiva no passeio da fama junto ao pavilhão Dragão Arena…
– Cidadania e Distinção Social: Depois de acabar a carreira de Desportista, como cidadão foi Presidente da Junta de Freguesia de São Paio de Oleiros (concelho da Feira), sua terra de residência (desde 1957), escolhido em 1976 como 1º Presidente eleito, ou seja após o 25 de Abril de 1974, e depois reeleito, tendo exercido como responsável autárquico o cargo de representante máximo dessa freguesia durante dois mandatos, em 6 anos (sendo que ao tempo cada Exercício era de 3 anos). Sucedendo mais tarde ter sido distinguido por seus serviços com a Medalha de Mérito da Vila de São Paio de Oleiros – Grau Máximo – Medalha de Ouro, na respetiva edição de 2015.
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Na página informática do FC Porto, fcporto.pt, fica
registado: « No FC Porto, clube que ajudou a conquistar uma edição da Liga
portuguesa e outra da Taça de Portugal, foi galardoado com o Troféu Pinga, em
1966, e com o Dragão de Ouro de recordação do ano, em 2017. Pela seleção de
Portugal, participou em 15 jogos e integrou o plantel que participou no Mundial
de 1966, em Inglaterra.
Em casa, era “tudo azul” como confessou numa entrevista ao
Maisfutebol, em 2017. Até a chupeta que usava quando era bebé, não fosse o
clube que viria a representar com enorme devoção “o maior amor” da vida: “A
minha chupeta era azul e branca (risos). O meu pai tinha uma empresa de
cortiças e já era portista. Portanto, está a ver, não tive hipóteses. O FC
Porto é o maior amor da minha vida, juntamente com a minha esposa”.
Realista e terra-a-terra, era reconhecedor do próprio
talento e do percurso imaculado que havia cumprido de azul e branco. “Olho para
trás e sei que era bom”, referiu na mesma ocasião, antes de fundamentar: “Era
corajoso, mergulhava aos pés dos avançados, metia a cabeça onde eles metiam as
botas. Fui um dos melhores da minha geração, se calhar o melhor”.»
E era mesmo!
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– Armando Pinto
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