No tempo em que os do sistema desportivo-federativo BSB faziam
tudo a seu bel-prazer e não davam hipóteses a quem não fosse da área de Lisboa
ganhar alguma coisa de jeito, no escalão futebolístico sénior, nesse período em
que o FC Porto apesar de ter tido grandes jogadores e boas equipas não
conseguia superar esse regime no Campeonato Nacional maior (por isso mais valor
é de dar aos heróicos resistentes desse tempo, como Américo, Festa, Pinto, Nóbrega,
Jaime, Almeida, Valdemar, Rolando, Atraca, Pavão, etc), houve uma fase em que essa
fatalidade teve alguma compensação por ter havido uma boa escola de valores da categoria
júnior, surgida sensivelmente pelo meio da década dos anos 60…
Desse naipe, em que se incluíam Aníbal, Araújo, Ricardo, Abreu, Chico, Vitor Gomes, Rui e Hélder Ernesto, Lemos, Vitorino, etc. havia também Luís Pereira, um então
jovem valor que era autêntica promessa. Sendo Luís Pereira um também ídolo dos
seguidores da vida do FC Porto. Como no caso do autor destas linhas, então
rapazinho ainda em idade escolar, que pelas entrevistas dele lidas no jornal O
Porto o fui tendo como ídolo sentimental, por quanto me dizia algo seu
percurso. De tal modo que depois fui seguindo sua carreira, com apreço na sua subida à equipa sénior portista (num tempo em que os jovens da formação não
tinham grandes possibilidades de acesso à equipa principal), mais ocorrências
seguintes que o levaram a passar por outras equipas, sem haver singrado no
plantel sénior do FC Porto.
Luís Pereira, vindo do Limianos (de sua terra natal de Ponte
de Lima) para os Juvenis, passou em grande pelos Juniores, tendo sido Campeão Nacional e ficado na história nas célebres vitórias no Torneio de Limoges, em França, e no Torneio Ibérico, que o FC Porto venceu.
Depois chegou a sénior do
FC Porto, havendo alinhado em 2 jogos e marcado um golo em jogos oficiais de
seniores (sem contar os jogos pelas Reservas/equipa B do FC Porto). E fez parte da equipa azul e
branca vencedora do II Torneio Cidade do Porto.
Depois, para rodar, foi
emprestado ao FC Famalicão. Mas de seguida viu o serviço militar estragar-lhe o
melhor futuro. Tendo ainda representado o Benfica de Luanda durante a sua
comissão militar na guerra colonial. No regresso, após ter voltado ao Famalicão,
passou seguidamente pelo tirsense, junto com outros colegas ex-FC Porto, mais por
Riopele, União de Lamas, Salgueiros, S. Pedro da Cova e Gondomar: ficando
depois a viver em Gaia. (Motivo de ter havido confusão num livro sobre
desportistas com passagens pelo FC Porto e de ligações Feirenses, ou seja
antigos elementos do FC Porto que representaram equipas do concelho de Santa
Maria da Feira, por ele ter jogado no Lamas e vivido em Arcozelo.)
Como lembrança de Luís Pereira, e afinal de todos os
elementos dos Juniores do FC Porto desse tempo, deitamos olhos e mãos e umas
folhas de arquivo pessoal, de trabalhos de apontamentos lavrados por esses
tempos de idade ainda infanto-juvenil do autor deste blogue.
“Coisa” que assim
se partilha, como curiosidade de que o FC Porto é mesmo algo especial, nos mais
variados aspetos e desde sempre.
Armando Pinto
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