Parabéns André Villas-Boas, nesta data feliz do 46º
aniversário natalício, com votos de muitas felicidades e muitos anos de vida,
incluindo na vida do nosso FC Porto!
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Luís André de Pina Cabral e Villas-Boas mais conhecido como
André Villas-Boas, nascido a 17 de outubro de 1977, na cidade do Porto, foi até
há pouco tempo figura pública como treinador de futebol. Em cujo mister foi
considerado em janeiro de 2011 (quando estava como treinador do FC Porto) o 4º
melhor treinador de futebol do mundo, num ranking anual publicado pela IFFHS, nessa
classificação colocado logo a seguir de Pep Guardiola, José Mourinho e Alex
Ferguson.
Atualmente está em fase de complementação de conhecimentos, tendo feito já cursos de Gestão Executiva nos Estados Unidos e em Inglaterra, entre outras formações. Mais simpósios e congressos sobre o futuro do Futebol, sua
sustentabilidade e a importância da Liderança, Planeamento e Organização na
Indústria do Futebol – @uefa oficial.
Ora André Villas-Boas, também, é figura do FC Porto, como
personagem indissociável da vida do FC Porto como treinador da época
futebolística mais vitoriosa do clube. Além de sócio desde tenra idade, há já mais
de quatro dezenas de anos, como também tem ligações à existência do clube, havendo
estado na fundação do FC Porto, junto com António Nicolau d’Almeida, alguns
seus antepassados. Ao que se junta facto relevante de ser visto e desejado por
boa franja de associados, como se tem visto por diversas sondagens públicas e
opinião geral, com possível mais alta missão futura nos destinos do FC Porto.
– Enquadramento biográfico
Descendente de linhagens ancestrais nortenhas dos Viscondes
de Guilhomil e Barões e Condes de Paçô Vieira, mais de laços familiares de
origem inglesa dos Kendall radicados no Porto e que estiveram na fundação
do Futebol Clube do Porto em 1893, André Villas-Boas cedo se interessou por
futebol, chegando a ponderar ser jogador. No entanto, rapidamente se tornou num
apaixonado pelo papel de treinador e pelos aspetos táticos do jogo. Quando, em
1994, o inglês Bobby Robson veio treinar o FC Porto, tendo ficado a morar no
prédio da residência também de Villas-Boas, levou o jovem aprendiz de treinador
a tentar aproximar-se do treinador do Porto. Então, com 16 anos, por via de ter
escrito uma carta ao treinador inglês, em que sugeria como o então treinador
principal do F C do Porto poderia dar mais rendimento a Domingos Paciência, seu
ídolo da juventude, passou a ter contacto direto com Sir Robson, algo que
originou que o Inglês ajudasse Villas-Boas a obter as suas certificações de
treinador, ainda muito jovem.
– Carreira como Coordenador e Observador Técnico
Após isso, começou a trabalhar nos escalões de formação do
FC Porto, mas não tardou a tornar-se diretor técnico das Ilhas Virgens
Britânicas (chegando até a selecionador, já em 2010, ainda com 21 anos).
De regresso ao Porto, foi treinador das camadas jovens do FC
Porto até à chegada (um ano depois) de José Mourinho que, conhecendo-o dos
tempos de Bobby Robson, de quem havia sido adjunto, e reconhecendo as suas
capacidades, lhe pediu para se tornar seu assistente.
Assim, durante 5
temporadas (2003 a 2008) foi responsável por uma parte importante do êxito de
José Mourinho no FC Porto e Chelsea, com tarefas específicas como analisar os
adversários e fazer prospeção detalhada de jogadores. Após a saída do Chelsea,
seguiu Mourinho para o Inter de Milão como seu adjunto.
– Carreira como Treinador:
A partir de 2009, passando a trinador principal, percorreu
assinalável carreira de treinador responsável pelas equipas da Acadêmica de
Coimbra e FC Porto (em Portugal), Chelsea e Tottenham (na Inglaterra), Zenit
(na Rússia), Shanghai SIPG (na China) e Olympique de Marseille (em França). Tendo sido Campeão e vencido as restantes provas importantes pelo FC Porto, como voltou a ser Campeão na Rússia e a ganhar ali outras taças. Por fim, em França onseguiu apurar de novo o clube francês para a Liga dos Campeões, ao terminar aí a carreira de treinador, por vontade própria, em 2019.
– Época de 2010/2011
no FC Porto, de assinatura como treinador do clube do coração (seguinte ao clube ter ficado em 3º lugar no Campeonato da I Liga), com praticamente quase a mesma equipa vinda da época anterior…
No FC Porto, mais relevante facto na sua vida, naturalmente
para ele e para quem gosta do FC Porto: a 2 de junho de 2010, André Villas-Boas
foi anunciado oficialmente como o novo treinador da equipa de futebol
profissional do Futebol Clube do Porto, substituindo Jesualdo Ferreira para as
seguintes duas épocas, através de um comunicado oficial do clube à CMVM. De
acordo com a proposta, Villas-Boas auferia 55 mil euros/mês. Teve então como
treinadores adjuntos, no Futebol Clube do Porto, Vítor Pereira (antigo
treinador do Santa Clara e treinador principal no Porto após Villas-Boas), e
Pedro Emanuel (ex-futebolista do Porto.
Durante essa época, normalmente considerada pelo menos a
melhor da década, Villas-Boas conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira, o
Campeonato Nacional/I Liga, a Liga Europa e a Taça de Portugal.
Villas-Boas tornou-se assim o quinto técnico a conseguir
ganhar o campeonato português logo na primeira temporada em que dirige uma
equipa desde o início, feito que no FC Porto só tinha sido alcançado por
Mourinho, na época de 2002/03. Tornou-se também o terceiro treinador mais novo
de sempre a conquistar o título de campeão nacional de futebol, com 33 anos de
idade, a seguir de Miguel Siska (campeão pelo FC Porto em 1938-39) e de Juca
(campeão pelo Sporting, em 1961-62). Com a conquista da Liga Europa tornou-se
também no mais jovem treinador de sempre a ganhar uma prova europeia.
– De entre os feitos de Villas-Boas no FC Porto destacam-se:
Conquista de um campeonato sem derrotas, feito que não era
conseguido desde 1972/73.
Clube com mais jogos ao longo de todas as competições sem
perder (36), na era Villas-Boas no Porto. O recorde anterior pertencia, também
no Porto, a José Mourinho. Tendo parte dessa sequência sido conseguida pelo
anterior treinador, Jesualdo Ferreira.
Maior número de vitórias de um clube Português na Europa.
Consagração do clube como campeão nacional no Estádio da
Luz, algo que não acontecia há 71 anos.
Maior número de vitórias consecutivas numa época (16).
Maior número de pontos numa época de 30 jogos (84).
Maior margem de pontos para o segundo classificado (21
pontos de vantagem para o Benfica).
Conquista de quatro troféus, igualando o feito de Tomislav
Ivic, no FC Porto, em 1987-88.
Reviravolta que nunca tinha acontecido nas meias-finais da
Taça de Portugal frente ao SL Benfica. Após perder 2-0 em casa, a equipa de
Villas-Boas venceu 3-1 no Estádio da Luz.
Ultrapassagem por parte do FC Porto do número de títulos do
SL Benfica, tornando-se, assim, o FC Porto com os títulos ganhos no ano de Villas-Boas, no clube com mais
troféus oficiais de futebol sénior em Portugal.
Após essa época triunfante do FC Porto, recebeu convite
irrecusável do Chelsea, que aceitou pagar cláusula de rescisão de 15 milhões de
euros. Cujo pagamento da cláusula e consequente rescisão de contrato foi depois
comunicado pelo FC Porto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM),
sendo entretanto anunciado publicamente que o contrato pelo Chelsea renderia a
Villas-Boas um salário de 5 milhões de euros anuais, correspondendo a cerca de
8 vezes mais que o vencimento auferido anteriormente a treinar o Futebol Clube
do Porto. (Sendo então de notar que com a sua saída o FC Porto recebeu 15
milhões de €uros, como compensação. Enquanto noutros casos idênticos não
aconteceu assim, como ocorreu em 1987, depois de conquistada a Taça dos Campeões
Europeus, quando Artur Jorge, ainda com contrato com o FC Porto, saiu para o
Matra Racing de França a custo zero, sem o FC Porto receber nada.)
– Títulos como treinador:
– FC Porto
Supertaça Cândido de Oliveira: 2010
Primeira Liga: 2010/11
Liga Europa da UEFA: 2010/11
Taça de Portugal: 2010/11
– Zenit São
Petersburgo
Campeonato Russo: 2014/15
Supercopa da Rússia: 2015
Copa da Rússia: 2015/16
– Prêmios individuais
Prémio CNID Treinador Revelação: 2010
Globos de Ouro: 2011 – Prémio Revelação
Dragão de Ouro: 2011 – Treinador do Ano
Treinador do Mês na Barclays Premier League: dezembro de
2012 e fevereiro de 2013.
– Vida Familiar
Filho de Luís Filipe Manuel Henrique do Vale Peixoto de
Sousa e Villas-Boas e Teresa Maria de Pina Cabral e Silva. Irmão de João
Villas-Boas. Casado com Joana Maria Noronha de Ornelas Teixeira (desde 2004), tendo duas filhas e
um filho: Benedita, nascida em 2009, Carolina, nascida em 2010, e Frederico,
nascido em 2015.
– Curiosidades particulares:
Apaixonado por carros, desportos motorizados e colecionador de material automobilístico.
Havendo como tal já participado em provas, a nível particular. Entretanto, por
via disso, em Junho de 2021 decidiu materializar a ideia que surgiu durante a
sua participação na prestigiosa prova Rally Dakar, ao criar a Associação Race
For Good – movimento de solidariedade social que utiliza o desporto como
veículo de divulgação da mensagem de apoio a causas de cariz social e
humanitário. Desde a sua criação, a Associação já distribuiu cerca de
€200.000,00 a diversas instituições e causas que acompanha.
– Especial: Reconhecimento Portista – Dragão de Ouro / 2011
de Treinador do Ano
O FC Porto elegeu Villas-Boas como “Treinador do ano”
de 2011. Galardoando-o com a atribuição do galardão máximo do clube, Dragão de Ouro, em outubro de 2011 na Gala Dragões
de Ouro. Entre cujos “Dragonados” atletas, dirigentes e sócios do FC Porto que se
distinguiram em 2010/2011, Villas-Boas esteve presente na cerimónia festiva, ao tempo já técnico do Chelsea, em reconhecimento
e gratidão de seu trabalho e dedicação quando esteve antes no FC Porto.
O treinador que conquistou os quatro títulos principais da
época anterior foi dos últimos a chegar ao Coliseu do Porto, onde decorreu a
festa dos campeões nacionais, e o seu prémio mereceu dos jogadores Hulk e João
Moutinho, que chegaram minutos antes, palavras como “justo” e “merecido”.
Chegada a sua vez, à chamada do respetivo anúncio, André
Villas-Boas subiu ao palco do Coliseu do Porto para receber o troféu e proferiu
um pequeno discurso de agradecimento, já depois de ter sido ovacionado com a
maior salva de palmas da festiva sessão solene. Então André Villas-Boas
protagonizou o momento da noite, na gala dos Dragões de Ouro, ao agradecer a
distinção com um discurso profundo e poético:
– “É sempre um regresso a
casa e é sempre especial estar aqui. É uma honra receber este prémio em frente
a tanta gente que conheço e é a primeira vez que estou nervoso
publicamente”, começou por dizer. Depois deixou falar o coração,
acrescentando: “Os verdadeiros paraísos são os paraísos que perdemos. Aqui
vivem-se eternas memórias da paixão a um clube. O portista vive, é eterno,
sofre, luta, exige, acumula e ganha. O portista é educado, aprende, é formado e
torna-se melhor”. “Pensei como chegámos ao sucesso na época passada e
cheguei à conclusão que o portismo esteve sempre presente. Sentimento de
emoção, revolta, desejo, ambição, união e empatia”, continuou o técnico. Quando
surgia uma derrota: “Ninguém recuava, sonhávamos, acreditávamos sempre
mais e seguíamos sempre convictos”, referindo-se depois ao título
conquistado no Estádio da Luz: “Na catedral triunfámos. Encontrámos sempre
o caminho certo”. “Para uns conquistámos muito, para outros
conquistámos pouco; para nós foi o suficiente e o esperado, porque queremos
sempre mais e por isso ganhámos mais vezes e por isso somos recordistas”,
analisou. “Temos uma emoção transmitida pelo gesto, pelo olhar. O FC Porto
é um baluarte unido rumo à vitória, exemplarmente liderado, com uma estrutura
que é essencial. Há um esforço comum, todos dependem de todos”. Partilhando
por fim o prémio: “Receber um prémio individual num desporto coletivo é
sempre algo injusto e ingrato, por isso partilho convosco”. Rematando a
mensagem com apoteose do final do poema portista Aleluia: “E azul e branca,
essa bandeira avança… Azul, branca, indomável, imortal. Como não pôr no Porto
uma esperança se daqui houve nome Portugal”?!
André Villas-Boas foi então com 34 anos “Dragão de Ouro”, galardão
recebido das mãos de Pinto da Costa. Estando agora com 46 anos, completados
nesta data, em que está também de Parabéns. Desta vez como aniversariante e pessoa
que admiramos.
– O Treinador do “Grito
de revolta”
Portuense de gema e Portista de coração, para sempre o grande treinador que nos fez vibrar intensamente na época futebolística de 2010/2011. Numa temporada começada logo com a grande conquista da Supertaça nacional Cândido de Oliveira, em inesquecível “tareia” dada ao Benfica super protegido, a pontos de então, na explosão sentida com o 2º golo e decisivo momento da vitória, o seu erguer de braços sorridente quão coincidente foi com a euforia de um adepto, sobretudo, provocando ter havido superação extensiva dum enfarte pessoal que em vez disso explodiu de alegria…!
… Para depois ter dado azo à vastidão da grande caminhada vitoriosa ao longo de toda a época, ao ponto de só se esperar os resultados, por quantos seriam e eram as vitórias, culminando no título de Campeão Nacional, mais na inesquecível Liga Europa e por fim na final da Taça de Portugal ganha por volumoso triunfo. Num fartar de fartura feliz!
– Predestinado:
Tal como em tempos André Villas-Boas não se coibiu de
demonstrar suas ideias a seu então vizinho sir Robson, a pontos de ter chamado
a atenção e simpática admiração do grande senhor do futebol que treinava a equipa
portista nesse tempo e daí levou a todo o longo caminho culminado onde o “Villas”
sonhara estar e chegou, à sua cadeira de sonho, a sentar-se na cabine e banco
dos responsáveis, como treinador do FC Porto… Caso deveras apreciado no mundo
portista verdadeiramente… Também mais adiante no tempo chegou ocasião do universo
azul e branco ver nele quem poderia melhorar a visão futurista, atendendo ao
estado a que chegou o clube nos tempos recentes dos anos vintes e mais tais do
século XXI.
Pode dizer-se que, por ironias do destino, assim como Villas-Boas
tem uma retaguarda histórica embrenhada nos primórdios da criação do FC Porto e
esteve nos tempos áureos do futebol portista, ele tem em si as esperanças de
bons portistas, de quem não está comprometido com nada nem ninguém… mas apenas
quer o bem do FC Porto. Assim como (passando em revista o tempo de portismo
aqui do adepto que escreve estas considerações), na época de Nascimento Cordeiro
houve uma reformulação exigida pela massa associativa liderada por Cesário
Bonito e Pinto de Magalhães, quão depois aquando da presidência de Afonso Pinto
de Magalhães houve que fazer algo para acabar com o clã que se formara, daí
derivando a sucessão do Dr. Américo Sá, e com esse causídico aconteceu o verão
quente protagonizado por Pinto da Costa para devolver o clube aos sócios… a
história tem-se vindo a repetir e até agudizar.
Daí que se tenha de considerar como André pensa: como algo
para que está destinado, com boas razões:
– “Os meus amigos consideram a
decisão mais irracional da minha vida, não compreendem como pode gerar tanta
paixão dentro de mim. Mas a realidade é que a minha família inglesa está
intimamente ligada à fundação do FC Porto, coisa que eu só soube mais tarde e
que vem reforçar essa sensação de destino”, explicou, antes de revelar uma
mensagem que uma vez recebeu de uma funcionária do clube a exprimir o desejo de
o ver a presidente:
“Em 2015, recebo uma mensagem de uma funcionária do FC
Porto que me escreveu: ‘Sei que um dia vais ser presidente do FC Porto.’ O que
senti com essa mensagem… Tocou profundamente o meu sentido de destino. Mas
esse sentido tem de estar vinculado com a vontade dos sócios”.
E está
naturalmente da parte de quem quer um melhor futuro para o Futebol Clube do
Porto.
Assim sendo, então, de modo bom e evolutivo, pode
continuar a ser escrita a história gloriosa do FC Porto.
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– Abraço de Parabéns André Villas-Boas!
Armando Pinto
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Este artigo foi originalmente publicado neste site