Estádio do FC Porto abriu as portas a 16 de novembro de 2003. O JOGO passa em revista alguns dos muitos momentos marcantes do recinto. São 32 títulos conquistados desde que as Antas deram lugar a “um dos melhores estádios do Mundo”, nas palavras de Pinto da Costa.
O palco de todos os sonhos dos portistas está de parabéns. Da inauguração com o Barcelona, que ficará para a história também como o dia em que Messi se estreou pelos catalães, aos problemas com o relvado que adiaram a abertura a nível oficial, passando pela recente derrota com o Estoril, são 20 anos de muitas emoções para os adeptos, alguns dissabores, mas sobretudo de momentos inesquecíveis, como o golo de Kelvin, aos 92’, ou os festejos de vários títulos. Por tudo isso, e pelo futuro que tem pela frente, o Estádio do Dragão apaga as velas com o orgulho de ser um dos principais palcos do futebol europeu.
Numa tarefa que se revelou muito complicada para não exceder o número, O JOGO compilou 20 dos momentos mais impactantes da história do recinto. Não é um por cada ano de existência e muito menos uma eleição apenas de jogos de futebol do FC Porto. A abertura do Euro’2004, a decisão da Liga das Nações’2019, a homenagem a Deco, a final da Liga dos Campeões em plena pandemia e o concerto dos Rolling Stones – a simbolizar todos os outros – também são recordados em imagens [que poderá acompanhar ao longo desta quinta-feira no nosso site].
Depois de avanços e retrocessos na sua construção, que levaram mesmo o então Presidente da República, Jorge Sampaio, a ajudar a desbloquear o imbróglio com a autarquia da Invicta liderada por Rui Rio, o Dragão abriu com toda a pompa e circunstância e, desde então, já recebeu 478 partidas oficiais do FC Porto, das quais a equipa venceu 365 (mais de 76 por cento), marcando 1051 golos. Jackson Martínez continua a ser o rei dos goleadores no estádio, Conceição o treinador que mais vezes se sentou no banco e Helton o recordista de jogos.
Em conversa com O JOGO, o ex-guarda-redes começa por falar da primeira vez que entrou no Dragão, ainda com a camisola do Leiria. “É sempre uma emoção pisar pela primeira vez um estádio que acabou de ser inaugurado. Só tinha um jogo ainda lá disputado, o da apresentação, e fiquei muito feliz. Confesso que naquela altura sonhei, almejei, fazer parte daquele clube e jogar ali. Foi o primeiro jogo oficial, para o campeonato, e recordo-me bem que a relva soltava-se por ser muito nova”, refere o brasileiro, que, depois, se mudaria mesmo para o FC Porto. Foram 159 jogos no Dragão, mas até prefere destacar um momento em que a bola não rolou. “Recordo-me de vários episódios lá e um tornou-se especial para mim, porque foi o momento em que entrei na apresentação do plantel. Entrei com os meus filhos e tinha lá também as minhas sobrinhas. Essa memória ficou guardada”, garante.
Para Helton, estar na história do Dragão como o que mais vezes jogou lá é muito mais do que um orgulho. “É você se orgulhar do trabalho que realizou, da confiança que o clube teve em prolongar o seu trabalho. E para os meus filhos e netos também vai ficar marcado. Espero que consiga manter essa marca por muito tempo. É muito orgulho e respeito, porque no mundo do futebol as oportunidades para sair – e hoje em dia cada vez mais – e ficar menos tempo num clube são enormes. Tenho total orgulho de ter participado em vários plantéis e por ficar na história desse clube”, sublinha, apontando o Dragão como tendo uma estrutura incrível. “Foi muito bem pensado e planeado e isso faz com seja dos melhores estádios europeus”, remata.
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