Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, faz a antevisão ao jogo em casa do Estoril (quarta-feira, 18h00), da fase de grupos da Taça da Liga.
Jovens com potencial para chegar à equipa principal: “Vejo. Estamos sempre em comunicação. No final do jogo com o Famalicão, quando me fizeram uma questão sobre o João Mendes, tive oportunidade de dizer que o que tem sido feito nos Sub-19 e na equipa B, que são os dois grupos mais ligados à equipa principal, há essa observação da evolução de cada um dos jogadores e estamos atentos a alguns dos nossos jovens, para, quando achar que têm a oportunidade de se mostrar, o vão fazer. Mas sempre de uma forma sólida, sustentada em bases que acho que são essenciais. Não é lançar por lançar ou porque fica bem lançar jovens do clube. Não é nada disso. É quando achar que estão prontos, depois de muitos treinos que passam connosco e me dão resposta para que os possa ajudar nesse sentido e eles o clube, que é o mais importante. Mas vejo jogadores com algum potencial para que no futuro possam pertencer à equipa principal do FC Porto.”
Estabilidade da equipa: “O que fui falando ao longo do tempo é que queríamos cada vez mais apresentarmos essa solidez e consistência em todos os momentos do jogo. Isso vai-se procurando e vamos evoluindo como equipa. Os jogadores, cada um nas suas tarefas, para, depois, coletivamente sermos uma equipa mais forte. Tive a oportunidade de falar no final do último jogo sobre ganhar meio a zero e isso quer dizer que muito dessa consistência tem que ver com isso: no nosso processo defensivo sermos uma equipa que não sofre e, depois, pelas vezes que chegamos e criamos nas equipas adversárias, conseguir fazer um golo, pelo menos, para ganhar. Se olharmos para a fase de grupos da Liga dos Campeões, somos a equipa mais concretizadora fora de casa, à frente do [Manchester] City. Tinha essa dados antes do último jogo que fizemos, em Barcelona. É para ver… Preocuparia-me, sim, se na dinâmica ofensiva não tivéssemos capacidade para podermos finalizar com êxito. Muitas vezes não temos conseguido, é verdade, mas são situações que se trabalham e que vamos à procura de melhorar em conjunto para que a equipa possa evoluir dessa forma. Há jogos em que em quatro oportunidades fazemos três golos, como aconteceu no último, e outros em que, em dez, acabámos por fazer um e ganhamos nos descontos. Mas o futebol é isto. Ontem estava a ver um jogo da II Liga em que o Feirense estava a ganhar 3-0 ao Mafra com uma exibição fantástica e, na segunda parte, as coisas viraram completamente e o Mafra não empatou por pouco. As situações têm de ser vistas no conjunto de várias pequenas situações que existem para, depois, falarmos delas. Nunca me preocupei com mais ou menos eficácia, mas sim que os jogadores deem o melhor para evoluir.”
Fonte: Jornal OJOGO