Dragões não desistem de ultrapassar o Benfica na tabela e, desde o arranque da era Pinto da Costa, já existiram alguns casos de sucesso
O quadro em que está inserido o FC Porto na luta pelo título está pintado em tons escuros: os dragões encontram-se três pontos atrás do Benfica, que detém ainda a vantagem no confronto direto em caso de igualdade pontual no final do campeonato.
No entanto, a recusa de Julen Lopetegui e dos jogadores em atirar a toalha ao chão é alimentada por três exemplos de reviravoltas ocorridas desde o início da era Pinto da Costa: 1985/86, 1992/93 e 2012/13. Em todas elas os azuis e brancos partiram para as derradeiras quatro jornadas atrás das águias e acabaram por consumar a ultrapassagem na classificação em cima da linha de meta.
Seja como for, a missão de Lopetegui é, em teoria, a mais complicada de todas. O atraso em relação ao Benfica até é menor do que em 2012/13, mas nessa altura as duas equipas ainda viriam a encontrar-se. Agora não.
E como se verificou com Vítor Pereira, esse clássico acabou por ser fundamental para o desfecho do campeonato, uma vez que o golo de Kelvin, aos 90″+2″, possibilitou a chegada à liderança a uma jornada de cair o pano sobre a competição, depois de os encarnados terem escorregado, em casa, com o Estoril.
Na história das últimas 32 edições do campeonato, contudo, há duas em que o FC Porto chegou ao título sem ter defrontado o Benfica na reta final da prova: em 1985/86 e 1992/93. A diferença é que nessas épocas os azuis e brancos só estavam um ponto atrás do grande rival, quando a vitória valia apenas dois pontos.
Para que a ultrapassagem fosse possível foi necessário esperar pela ajuda de outros. E a verdade é que ela apareceu: na primeira do Sporting e do Boavista, que derrotaram os encarnados nas duas últimas jornadas; na segunda do Beira-Mar e do Estoril, contra quem o clube da Luz averbou uma derrota e um empate, respetivamente. Resultados que agora também serviriam.
Os adversários é que são outros: Gil Vicente, Penafiel, V. Guimarães e Marítimo são as esperanças de Lopetegui. Caso contrário, os dragões verão escapar o título pela 13.ª vez desde 1982.
Fonte: Ojogo