A candidatura de Nuno Lobo, derrotado nas eleições de 2020 por Pinto da Costa, solicitou o adiamento das eleições dos órgãos sociais do FC Porto. Em comunicado enviado à agência Lusa, o empresário explicou que a instabilidade interna, causada pelas equipas em competição, e externa, relacionada com os associados, justificam esse adiamento. Nuno Lobo pretende reunir com urgência com o presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Lourenço Pinto, para debater esta questão e definir uma nova data em conjunto com as outras candidaturas.
A decisão de solicitar o adiamento surge na sequência da detenção de 12 pessoas, incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira. Esta operação policial está relacionada com os incidentes ocorridos durante a última Assembleia Geral extraordinária do clube. A PSP apreendeu droga, uma arma de fogo, dinheiro, automóveis e bilhetes para eventos desportivos, entre outros itens relevantes para a investigação.
Nuno Lobo afirmou que a sua candidatura não se revê nos acontecimentos que suscitaram estas detenções e espera que a tranquilidade regresse ao clube. O candidato sublinhou ainda que a sua candidatura nunca foi importunada ou condicionada por nenhum dos envolvidos nesta operação.
Nuno Lobo e André Villas-Boas são os dois candidatos que pretendem concorrer às eleições do FC Porto para o período de 2024-2028, cuja data ainda está por definir, mas prevê-se que se realizem em abril. Pinto da Costa, atual presidente do clube, vai apresentar no domingo um projeto para o futuro do FC Porto, o que pode incluir a confirmação da sua recandidatura a um 16.º mandato consecutivo.