O atual estado financeiro do FC Porto está a gerar preocupação entre os especialistas no clube. José Pedro Pereira da Costa, eleito por André Villas-Boas como administrador financeiro caso seja eleito presidente, falou sobre a urgência de uma mudança na gestão do clube.
Pereira da Costa destacou a necessidade de uma renovação em todos os níveis e, especialmente, na gestão financeira. Segundo ele, o FC Porto tem acumulado resultados líquidos negativos nos últimos 10 anos, aproximadamente 25 milhões de euros por ano, o que levou a um passivo de 530 milhões de euros e uma dívida financeira de 310 milhões de euros.
Ao comparar os Relatórios e Contas do FC Porto com os de seus principais rivais, Pereira da Costa apontou discrepâncias significativas nos resultados obtidos com as vendas de jogadores. Enquanto o FC Porto registou apenas 7% do valor das vendas como resultados líquidos, um dos rivais alcançou 35% e outro rival alcançou 43%.
No que diz respeito à bilhética, o FC Porto também apresenta números inferiores aos rivais. No último exercício, as receitas de bilheteira foram de apenas 10,8 milhões de euros, em comparação com os 19,8 milhões de euros e 13,6 milhões de euros dos principais rivais.
Pereira da Costa também questionou as despesas de representação do FC Porto, que ultrapassam os 1,4 milhões de euros por época, além de outros serviços externos não explicados, que chegam a cerca de 3 milhões de euros.
Diante desse panorama financeiro preocupante, José Pedro Pereira da Costa reforçou a importância de André Villas-Boas como candidato à presidência do FC Porto, destacando seu conhecimento da indústria do futebol e sua capacidade de liderança durante essa fase de mudança.
Os sócios e adeptos do FC Porto aguardam ansiosos para saber como essa possível mudança na gestão financeira influenciará o futuro do clube e suas aspirações dentro e fora de campo.