O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, escreveu na recente edição de Fevereiro da revista “Dragões”, manifestando o seu descontentamento na sequência da condenação do empresário César Boaventura por práticas de corrupção desportiva.
O líder portista observa atentamente este e outros casos com potencial de corromper a integridade do futebol, afirmando que o FC Porto está empenhado em expor e denunciar todos os actos ilícitos que possam vir a prejudicar a verdade desportiva. Pinto da Costa sublinhou a sua surpresa com a falta de reação de Frederico Varandas, presidente do Sporting, a esta situação.
Num tom crítico, Pinto da Costa comentou: “É intrigante que em situações destas muitos, como o presidente do Sporting, escolham manter-se em silêncio.”
No decorrer do seu artigo, Pinto da Costa voltou a destacar a importância de uma investigação aprofundada e do devido funcionamento da justiça desportiva. Questionou ainda a imparcialidade das competições em Portugal, levantando dúvidas sobre a extensão das práticas de corrupção de César Boaventura a favor do Benfica: “Ficámos a saber que, na temporada de 2015/16, houve jogadores abordados para perderem intencionalmente contra o Benfica. Será que foram os únicos? Ocorreram outros casos por descobrir?”
Apesar das controversas questões levantadas, Pinto da Costa iniciou o seu texto falando de um tom mais positivo, destacando os encorajadores resultados financeiros recentemente anunciados pela SAD do clube: “O primeiro semestre desta época marca uma viragem na situação financeira do FC Porto. A evolução dos capitais próprios foi extraordinária, com uma recuperação da ordem dos 170 milhões de euros.”
Não obstante os resultados positivos, o foco da administração portista continua firmemente nos sucessos desportivos: “Para o FC Porto, só há uma forma de conquistas – títulos. Não celebramos resultados financeiros. Reconhecemos que uma situação financeira mais saudável nos coloca numa posição melhor para o futuro. Ainda enfrentamos desafios, mas estamos a caminhar na direção certa.”