Sérgio Conceição expressou o seu pesar pela morte de Artur Jorge ao falar ao Porto Canal. O técnico portista recordou um indivíduo de “relacionamento simples” que lhe deu a sua primeira oportunidade na seleção nacional.
“Este é um grande golpe para o país, o futebol, o desporto em geral e, em particular, para o FC Porto. Quero enviar os meus pêsames à família, em meu nome, em nome da equipa e da minha própria família. Tinha uma forte ligação com o Artur Jorge, foi ele que me convocou para a seleção pela primeira vez. Infelizmente, lesionei-me duas vezes, mas na terceira vez tornei-me internacional nas Antas sob a sua orientação”, começou Conceição, relembrando que a sua entrada no mundo do futebol foi graças a alguém próximo do Rei Artur.
“Está definitivamente no top 3 de conquistas, de jogos realizados ao liderar o FC Porto. Esta é uma perda significativa para todos. Tenho um carinho especial por ele. A pessoa que me introduziu ao futebol, quando tinha 9 anos na Académica, foi a professora Filomena, que era cunhada do Artur Jorge. Estamos todos consternados, mas ficarão para sempre estas maravilhosas memórias, de um homem excecional e um profissional de topo”, partilhou.
A paixão de Artur Jorge pelas artes também foi tocado por Sérgio Conceição. “Nunca tive a chance de visitar a casa dele, mas ouvi de amigos em comum, incluindo o seu empresário que também era o meu, que ele tinha um grande apreço pela pintura e que possuía obras de arte incríveis. Ele era um verdadeiro gentleman, alguém com um trato fabuloso. Tinha um estilo diferente do meu, na medida em que eu sou mais expansivo na maneira como transmito a mensagem, ele era uma pessoa muito serena e pacífica. Foi uma inspiração para todos. Conheci-o também fora do futebol e confirmo tudo o que se diz dele. Não é apenas elogio fácil porque ele faleceu, ele merece todos os elogios que se dizem.”, finalizou.