Com o aproximar das eleições, os candidatos à presidência do FC Porto vão mostrando os trunfos das respetivas candidaturas. Com efeito, este sábado, Pinto da Costa desvendeu mais alguns nomes que o vão acompanhar na corrida à presidência do clube.
João Rafael Koehler, António Oliveira e Marta Massada farão parte da lista candidata à direção do emblema azul e branco.
O empresário João Rafael Khoeler falou este sábado na apresentação do “Eixos Estratégicos” para o mandato 2024-2028 da recandidatura de Pinto da Costa à presidência do FC Porto.
“Vou ler de improviso. Não é tarefa fácil fazer como o presidente, que tem o dom da oratória. Jornalistas, façam um trabalho isento e rigoroso. Não pedimos favores, mas pedimos respeito”, começou por dizer.
“A palavra principal não tem que ver com gratidão, mas reconhecer a generosidade de Pinto da Costa em aceitar ser candidato mais uma vez à presidência do clube. Sabemos todos que era mais fácil dizer que não, mas Pinto da Costa não sabe dizer não ao FC Porto”, continuou.
“Incumbiu-me de avançar com detalhes sobre o programa de candidatura que orientou e supervisionou. Queria falar um pouco sobre a candidatura, mas sobre o momento que o clube atrevessa. Numa fase em que alguns criticam e ficam contentes com derrotas da equipa, mas não nos vamos preocupar com campanhas sujas. Como temos o tempo limitado, não vamos viver a instigar ou a viver a vida das outras pessoas. Mas não somos anjnhos e sabemos o que aí vem. O que vamos fazer é uma campanha pela positiva, respeitando o passado e olhando para o futuro. Não podemos desperdiçar a experiência de quem teve arte e engenho para colocar o clube a ganhar em 40 anos. É o presidente com mais títulos no mundo. Fez tudo certo? Não. Eu também já discordei. Mas quantos de nós não fizemos o mesmo na nossa vida. Pinto da costa é a pessoa mais bem colocada para fazer a transição do presidente para o futuro. Quem pede a mudança e modernização, só pode encontrar esse espaços na candidatura de Pinto da Costa”, considerou.
“Trabalhámos cinco eixos na candidatura e estamos hoje em condições de apresentar dois deles. Queremos um clube aberto, a ouvir os sócios, que nos vão dando ideias e engrandecendo o nosso programa. Mas sabemos que há coisas a fazer. A primeira transparência e governança. O presidente pediu os mais qualificados. Transparência não só com a demonstração financeira. Vamos ser muito detalhados. Mas mais do que isso, um comité de auditoria independente, com personalidades não só afetas à nossa lista, mas a toda a sensibilidade do clube. Queremos um clube aberto. Muito se tem tem falado sobre a dívida. Eu, que sou daqueles que acredita nas contas certas, sou dos que pensam que não podemos falar de dívida e custos sem falar em aumentar receitas. Queremos e vamos, num prazo de dois anos, estabilizar a situação financeira do clube. Vamos refinanciar o passivo através de um instrumento financeiro de 250 M€”, vincou.
“O presidente deu a instrução que vamos reduzir 20% os custos totais do clube, vamos reestruturar o clube. É importante colocar o sócio no centro do clube. A experiência no estádio é muito importante. Queremos fazer tudo isto no espaço de dois anos e estamos convencidos que rapidamente podemos duplicar receitas e disputar o campeonato e Champions em condições mais fortes do que hoje. Sabemos que são ideias arrojadas e ambiciosas. Como alguém dizia um dia, se custa tanto sonhar alto como sonhar pequeno, vamos sonhar alto”, rematou.
Intervenção de António Oliveira: “Permitam-me iniciar esta breve intervenção com um dito popular e bíblico: o bom filho à casa torna. E porquê? Porque nunca disse que não ao FC Porto. Porque nasci neste clube. Porque sempre que o FC Porto solicitou a minha colaboração, eu nunca disse que não. Foi uma honra, acredite presidente, aceitar este convite. Porque acredito profundamente no candidato Pinto da Costa e no seu projeto para o nosso clube. Porque não podemos deixar morrer os valores deste clube, o nosso ADN, e já agora deste cidade e região. Quem elevou o nome deste clube? Quem foi durante décadas o maior embaixador do Porto, da região norte e do país? Eu sei, tenho memória, e como dizia o poeta, a memória é a bússola que nos guia na jornada de cumprir os nossos objetivos. A vida só pode ser compreendida olhando para trás, presidente. Mas não é só gratidão, não é só memória. Mas é sobretudo acreditar, no cimo dos meus 70 anos de vida de futebol, que esta candidatura ainda pode e sabe ser melhor do que todos os outros para engrandecer o nosso clube. Olhando para a frente: há grande e valiosa obra feita, mas ainda há muito para fazer. Esse é o destino que nos desafia a perseguir sempre com grande espírito e união. Com o grande presidente que nos dirige, que está presente em todo o processo, a apontar caminhos para as vitórias e sucesso do FC Porto. Garantindo o crescimento e cumprindo o sonho dos fundadores. Agora é preciso formar uma grande equipa, presidente. Por isso estou comprometido em contribuir com todo o meu empenho, a minha experiência e paixão pelo futebol, para alcançarmos os objetivos ambiciosos que definimos. Caro presidente, tantos anos depois, de novo juntos. Já fizemos muita história de vitórias e sucessos ao serviço deste clube que tanto amamos. Agora renovados, e mais sábios pela experiência de uma vida, continuaremos a fazer história e honraremos a grandeza do FC Porto. Viva o FC Porto.”