Nesta data ocorre a efeméride da conquista da 1.ª Taça dos Campeões Europeus do FC Porto, a de hóquei em patins – acontecida a 28 de junho de 1986. Algo especial no fascínio do mundo portista, como que poesia épica no entusiasmo sentido.
De tal facto corresponde então justa celebração de 38 anos, da passagem dessa soma de anos, de algo importante como foi, afinal, essa primeira Taça dos Campeões Europeus do FC Porto. Um ano antes da Taça dos Campeões Europeus de futebol, ocorrida em maio de 1987, foi pois em finais de junho de 1986 que o FC Porto conquistou a dita e ditosa Taça dos Campeões Europeus de Hóquei em Patins. Aí o FC Porto teve como primeiros Campeões Europeus o treinador Cristiano e os hoquistas Domingos Guimarães, Realista, Alves, Vitor Hugo, Vitor Bruno, Tó Neves, Domingos Carvalho (os que jogaram as duas mãos da final com o Novara da Itália) e Vale (que era o capitão), Almas e Franklim (suplentes por norma e que jogaram também com o Residentie da Holanda e o Barcelona de Espanha nos jogos dos quartos de final e meia final), e ainda o diretor vice-presidente Ilídio Pinto, o diretor seccionista João Baldaia, o técnico mecânico sr. Óscar, o massagista Norberto Alvim e os restantes colaboradores.
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Com efeito, no dia 28 de Junho de 1986, em Itália, o FC Porto venceu no “inferno” de Novara por 7-5 e ergueu a primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus de hóquei em patins conquistada pelo esquadrão das Antas.
Foi essa a primeira conquista do FC Porto duma Taça dos Campeões Europeus de todas as modalidades do ecletismo portista, depois de anteriormente também ter sido a equipa senior do hóquei patinado azul e branco a ter obtido a Taça das Taças, entre trofeus oficiais europeus do galarim portista. Antecedendo assim a conquista do futebol, que chegaria no ano seguinte, em 1987. E as do Bilhar, mais a correspondente (Youth League, Liga Jovem da UEFA) da equipa de futebol B do FC Porto, já no século XXI.
Foi então nesta data da véspera da festa de S. Pedro que os dragões abriram o ferrolho dessa competição europeia de hóquei, ao bateram os italianos do Novara por 7-5, no segundo jogo da final, depois de terem vencido em casa por 5-3. Antes, nas meias-finais o FC Porto eliminara o Barcelona, após haver empatado na Catalunha por 5-5 e vencido no pavilhão Américo Sá por 6-3.
Estava então Domingos Guimarães na baliza, enquanto António Alves, Carlos Realista, Vítor Hugo e Vítor Bruno compunham o cinco normalmente inicial, revezando com Franklim Pais como segundo guarda-redes, mais António Vale, Domingos Carvalho, Tó Neves e Luís Almas, que completavam o conjunto de dez hoquistas do plantel que, junto com o treinador Cristiano Pereira, levantaram a Taça dos Clubes Campeões Europeus (mais tarde e atualmente denominada Liga Europeia).
Cristiano Pereira era o treinador e passados anos ainda recorda, como declarou em recente entrevista a um jornal: «Foi incrível. Levávamos para Itália uma vantagem de dois golos. Em Novara o ambiente era hostil. Na primeira parte, o Novara goleava. Na segunda, foi a reviravolta com o 7-5 a acontecer a quatro minutos do fim. O árbitro terminou o jogo antes do tempo, devido ao comportamento dos adeptos e recebemos a taça no balneário. Foi o culminar de cinco anos de trabalho e essa temporada foi formidável, terminando com o título europeu num ano em que ganhámos o Campeonato Nacional, a Supertaça Nacional e depois a Supertaça Europeia».
Então, em 1986, veio para o Porto tal primeira Taça dos Campeões Europeus, ao tempo com esse nome, através do hóquei em patins, graças a uma brilhante campanha culminada na inesquecível jogatana em Itália, desse desporto jogado com aléu sobre patins.
= Recortes de página do jornal “A Bola”=
Como os jornais desportivos na ocasião dedicaram espaço ao acontecimento, mas porque à época as suas páginas eram de tamanho grande, juntam-se dos mesmos alguns recortes intercalados e ainda fotografias das respetivas páginas, para abarcar a totalidade das mesmas.
– Foi isso então há 38 anos, completados agora em 2024!
Na passagem da correspondente efeméride, é pois oportuno recordar essa primeira Taça dos Campeões Europeus conquistada pelo F C Porto. Corria o início do verão de 1986, quando vivemos então tamanha alegria e tivemos a ditosa possibilidade de guardar intimamente a consagração dessa inesquecível proeza dos hoquistas do F C Porto.
= Imagens dos dois jogos da final de 1986, a duas mãos: fases do jogo no Porto e do decisivo em Novara.=
= Reportagem do jornal Gazeta dos Desportos, da edição seguinte à vitória (visto à época os jornais desportivos ainda não serem diários).
Como tal, e por tanto que nos lembra e queremos sempre preservar na Memória Coletiva Portista, juntamos aqui e agora alguns testemunhos impressos, por via de notas de reportagem jornalística, no caso recortados do jornal A Bola, da Gazeta dos Desportos e algumas páginas coevas da revista mensal Dragões, de 1986. Sem necessidade de mais descrições, que as que foram impregnadas no papel dessas publicações, cujas edições falam por si.
Para a história ficava tudo isso, conquistado em plena noitada da festa tradicional do São Pedro, última festividade dos santos populares, sob o comando do treinador campeão dessa primeira Taça dos Campeões, Cristiano. Abrindo assim com as chaves desse santo pupular a porta para os triunfos que se seguiram.
(Curiosamente, passados anos, em 2019, era nesse dia oficialmente atribuída ao mesmo, Cristiano Trindade Pereira, a Medalha de Mérito-Grau Ouro da Cidade do Porto. Incluído assim que foi Cristiano entre personalidades e instituições da cidade. Proposto pelo presidente da Câmara do Porto, entre nomes ilustres merecedores de reconhecimento da edilidade portuense: – Cristiano Joaquim Marques Trindade Pereira, histórico hoquista internacional que durante anos foi o principal estandarte do hóquei em patins do FC Porto e também treinador campeão europeu de clubes, mais treinador e selecionador nacional campeão europeu e mundial pela seleção portuguesa.)