– 14/11/2024 – F. C. Porto concretiza empréstimo de 115
milhões, o maior da história do futebol português! André Villas-Boas e a
restante administração da SAD portista concluíram uma operação financeira de
grande envergadura. Conforme neste dia foi pela SAD do F. C. Porto comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o maior empréstimo
obrigacionista da história do futebol português, contraído junto de
investidores institucionais no mercado dos Estados Unidos, com uma taxa fixa
anual de 5,62% e um prazo de vencimento de 25 anos.
Deste modo o FC Porto refinancia dívida em €115 milhões com
taxa de juro de 5,62% a 25 anos. André Villas-Boas cumpre mais uma das
promessas eleitorais, numa operação que permitirá viver de forma mais
desafogada e honrar compromissos juntos dos clubes, fornecedores e investimento.
Assim, a SAD do FC Porto deu um passo importante para salvar o clube do
precipício financeiro. Cumpre-se então mais uma das promessas feitas por André
Villas-Boas durante a campanha eleitoral, numa operação que será fundamental
para a sustentabilidade financeira do clube a curto, médio e longo prazo e que
permitirá reduzir o passivo e os encargos financeiros atuais de forma
considerável.
(Como enquadramento e como comparação, relembre-se que a solução de Pinto da Costa, anteriormente, passava pelo fundo de João Koehler que exigia €25 M de juros pagos à cabeça por
financiamento. Enquanto a sua Quadrantis tencionava emprestar €75 Milhões aos
dragões e ficava ainda com receitas desportivas do passe de dois jogadores…)
Agora, a SAD do F. C. Porto comunicou, quinta-feira dia 14
de novembro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que concluiu
uma emissão de obrigações no valor de 115 milhões de euros, o maior empréstimo
obrigacionista da história do futebol português. “A operação, com um prazo
de vencimento de 25 anos e uma taxa fixa anual de 5,62%, foi concretizada pela
empresa “Dragon Notes S.A.”, subsidiária da SAD portista, através de
colocação privada junto de investidores institucionais no mercado dos Estados
Unidos da América”, pode ler-se no comunicado enviado à CMVM. “As
obrigações pagarão aos investidores, durante os primeiros três anos, apenas um
juro anual em novembro de cada ano. De novembro de 2028 a novembro de 2049,
serão reembolsadas por prestações constantes (capital e juros), o que
representa uma maturidade média ponderada de 16,5 anos”, acrescenta a
nota. Esta é, efetivamente, a operação bancária prometida no período
pré-eleitoral pela lista que viria a ser a vencedora das eleições no F. C.
Porto, e que chegou a levar um dos vice-presidentes da lista de Pinto da Costa,
João Rafael Koehler, a desafiar André Villas-Boas a deslocar-se ao Dragão para
lhe “mostrar os contratos” com bancos norte-americanos para
refinanciamento da dívida da SAD “com juros a cerca de 5%”. E como se
vê Villas-Boas sabia e sabe o que faz, a bem do FC Porto. A operação servirá
para pagar passivo da SAD portista e dívidas a fornecedores e a clubes que
vieram da administração anterior, para além de reembolsar financiamentos atuais
com prazos mais curtos e taxas mais altas. “Sendo a ‘Dragon Notes’ a
subsidiária que detém a totalidade da participação do F. C. Porto na ‘Porto
Stadco’ [empresa criada pela atual administração no contexto do acordo com a
Ithaka para a exploração comercial do Estádio do Dragão], correspondente a 70%
dos direitos económicos dessa sociedade, as obrigações Dragon Notes serão
garantidas em primeira linha pelos dividendos a pagar pela ‘Porto Stadco’ à
‘Dragon Notes’, sendo que o eventual excesso após serviço da divida será
distribuído para o F. C. Porto após cumprimento de determinadas condições.
Nesta operação não foram atribuídas aos obrigacionistas garantias reais,
nomeadamente a hipoteca sobre o Estádio do Dragão ou passes de jogadores”,
refere o comunicado publicado na CMVM.
“A operação Dragon Notes destina-se a refinanciar o
passivo existente e a financiar a atividade global do F. C. Porto e representa
um passo decisivo na concretização da estratégia de financiamento do F. C.
Porto, permitindo i) a extensão da maturidade média da dívida; e ii) a redução
do custo médio da dívida, em linha com objetivos oportunamente comunicados”,
lê-se ainda.
Segundo apuro de diversos órgãos de informação, esta
operação não é uma de antecipação de resultados dos 70% da “Porto
Stadco”. Terá um serviço da divida anual (capital e juros) como qualquer
financiamento, mas se os resultados dos 70% da “Porto Stadco”
superarem esse serviço da divida, como perspetiva a SAD azul e branca, o
excedente será distribuído para o F. C. Porto.
Na nota emitida pela CMVM, o F. C. Porto congratula-se com a
“elevada procura registada nesta emissão (cerca de 170 milhões de euros),
bem como com a elevada qualidade dos investidores institucionais que
participaram na operação, como resultado da qualidade de crédito da ‘Dragon
Notes’, evidenciada pela notação de ‘investment grade’ atribuída pela agência
de rating DBRS (rating de crédito de longo prazo), em resultado de um modelo de
negócio resiliente e com perspetivas de crescimento por parte da ‘Porto Stadco'”.
“Nesta transação, o banco norte-americano J.P. Morgan
atuou como Agente Colocador das obrigações e a Key Capital Partners como
conselheiro financeiro do F. C. Porto. As empresas Clifford Chance e a PLMJ
atuaram como assessores legais do FC Porto. Os custos totais destas entidades,
assim como da agência de rating, representam 0,26% por ano do valor total da
emissão [cerca de 290 mil euros anuais]”, conclui o comunicado da SAD
portista.
Fontes: JN, A Bola e diversos outros órgãos informativos (para além
dos meios do Clube).
Armando Pinto
Este artigo foi originalmente publicado neste site