Nesta vida de Dragão há 21 anos viveu-se um dia histórico e inesquecível,
com a inauguração do novo Estádio do Futebol Clube do Porto. De modo que, chegado
a 2024, o estádio do Dragão tem 21 anos, desde que a 16 de novembro de 2003 foi
inaugurado.
Esse é então um dia que faz parte das memórias pessoais e
coletivas dos Portistas que pensam no Clube acima de tudo. E toda a envolvência
da existência do novo estádio portista é algo especial, a pontos de a
representação do novo recinto desportivo que nos encanta fazer parte do espaço
de memorização pessoal.
Está ainda e estará bem presente na retina memorial esse
tempo, desde a constatação da novidade, embora com certa mágoa de se perder o que havia na
cidadela desportiva das Antas, passando pela construção, até à inauguração.
Sendo depois, por fim, o dia festivo uma mistura de sentimentos repartidos pela
alegria e pena, na troca de tantas edificações da cidadela das Antas pelo novo
estádio. Contudo de coração a pulsar forte na visão do novo equipamento
edificado.
Agora, passados 21 anos, recorda-se tudo isso, diante do
presente. Sendo que o estádio mais bonito do mundo está de parabéns, e nós
portistas sentimos isso na voragem do tempo. Sabendo-se como o dragão mítico
voa, na mística associada também, tal como o tempo, pois o tempo voa e o Dragão
paira no semblante de todo o mundo portista.
Ora, há precisamente 21 anos, o sucessor do Estádio das
Antas ganhou vida a 16 de novembro de 2003 e foi palco de uma noite festiva,
que perdura na memória.
Com efeito, a 16 de novembro de 2003, num domingo de soalheira tarde de verão de São Martinho, cedo começada em ambiente festivo, resultante do aglomerado e entusiasmo da grande multidão portista que encheu por completo toda a zona das Antas e a nova área urbana do Dragão, foi ao final do dia solenemente aberto ao público o novo estádio do Dragão, decorrendo então belo cerimonial de inauguração já com aragem fria de noite outonal, mas com os corações bem quentes de fervor clubista.
Faz agora em 2024 já 21 anos disso, quando também eu ali estive de pele eriçada pelo frio de regelar o corpo à mistura com apaixonada visão e sentimental vivência de tão importante momento da vida do meu clube do coração.
De tudo isso e o que entretanto já faz parte da história do nosso estádio do Dragão, o melhor é avivar as sensações de antes, com o que permanece e fica a constar.
Estendendo-se os nossos parabéns por todas as memórias: Quão o que foi aquilo a 16 de novembro de 2003, quando foi inaugurado o Estádio do Dragão, sucessor do saudoso estádio das Antas, e desde então tonado palco dos sonhos de todos os portistas há exatamente 21 anos. Num serão de domingo que reuniu mais de 51 mil adeptos azuis e brancos, com o FC Porto a receber o Barcelona num jogo que marcou a estreia de dois históricos do futebol: o Dragão e Lionel Messi.
Tiago deu o pontapé de saída, Bruno Moraes desferiu o primeiro remate, Vítor Baía fez a primeira defesa e Derlei assinou o primeiro golo. Hugo Almeida fez o segundo e carimbou a vitória dos portuenses frente aos catalães por 2-0. Depois, devido a questões relacionadas com o recém-instalado tapete verde, o novo anfiteatro da Invicta só viria a acolher o primeiro jogo oficial em fevereiro do ano seguinte, bem a tempo de ver o FC Porto sagrar-se campeão nacional, da Europa e do Mundo.
Entretanto, pelo tempo adiante, o nosso estádio do Dragão foi e tem sido sítio de incontáveis momentos de antologia, que perdurarão para sempre na
história do FC Porto e na memória dos portistas que os viveram, quer em
presença física, para quem teve possibilidade de estar presente, quer em imaginação
na presença espiritual sentida, para quem conviveu com tudo isso à distância.
Foram e são já muitas vitórias e títulos nas duas últimas
décadas, tal como os acontecimentos decorridos, com realce para a ainda
recente eleição ali verificada na maior prova de vitalidade clubista. E o
Dragão ainda deve à história do FC Porto tudo aquilo que lhe pode acrescentar.
Quão futuramente, passados os tempos da pandemia, antes e depois, todos os bons portistas
bacteriologicamente puros, ansiamos viver e conviver.
Nesta data, para assinalar tão inesquecível efeméride, ilustramos o tema com algumas imagens de recordações alusivas do mesmo dia da inauguração e adereços dos mais variados formatos e meios relativos à ocasião, através de fotografias captando objetos, livros, revistas e jornais. Como aqui fica a demonstrar visualmente toda essa envolvência, por quanto no aspeto mais íntimo perdura o que só o coração sabe melhor enquanto vai pulsando. E tudo o que é Porto faz parte da nossa vida.
Para melhor enquadramento, recorde-se algo também de índole retrospetiva, deitando olhos a um livro raro, dos que felizmente conseguimos ter em nossa biblioteca particular. Cujo título aqui se mostra e relembra, por quanto isso se envolveu afinal na vida de quem seguiu atentamente esse desenvolvimento – O PROJECTO URBANO DAS ANTAS”. Livro publicado em Novembro de 2005, quando o estádio fazia 2 anos. A deixar marcas dos riscos e estudos, mais tudo o mais. Nesta realidade que é o estádio do Dragão, o nosso palco dos sonhos, onde vemos a bola a entrar na baliza como ansiamos e são vibrantes os aplausos apoiantes às conquistas de títulos de campeões do FC Porto.
Armando Pinto
Este artigo foi originalmente publicado neste site