Não faltam opções a Nuno Espírito Santo no sector, pelo que o primeiro desafio do jogador, que está de regresso dos Jogos Olímpicos, passa por mostrar que tem argumentos
Sérgio Oliveira apresenta-se no Olival ainda esta semana, na sequência do afastamento da seleção portuguesa dos Jogos Olímpicos. O primeiro objetivo passa por apanhar o comboio do FC Porto, que já está em andamento há algum tempo. O médio, recorde-se, deixou o grupo de Nuno Espírito Santo na partida para o estágio da Alemanha, já depois de ter sido conhecida a convocatória de Rui Jorge para o Rio de Janeiro.
O FC Porto autorizou Sérgio a viajar, pois era uma vontade grande do capitão e, para Nuno, o médio não seria primeira opção. Ao contrário de outros dispensados para o mesmo efeito, o regresso foi sempre um ponto assente. Nos próximos dias, o jogador terá a oportunidade de se mostrar e tentar fixar-se no plantel. Mas começa praticamente do zero e a tarefa não será fácil. A julgar pelos indícios recentes, porém, pode haver espaço no plantel. Nuno optou por incluí-lo na lista de jogadores entregue à UEFA, o que faz dele uma opção elegível para o play-off que se segue. Dificilmente haverá a possibilidade de jogar, mas, como prova de confiança, basta.
A seu favor Sérgio tem o facto de não precisar de grandes cuidados físicos, uma vez que fez a preparação com Rui Jorge antes de seguir para os Jogos Olímpicos, mas o que não falta são desafios. O maior de todos, por esta altura, será a concorrência por um lugar no meio-campo do FC Porto. Jogadores como Rúben Neves, Evandro, Herrera, Danilo, João Teixeira, André André e Alberto Bueno são rivais diretos e opções trabalhadas por Nuno na pré-época. Nem todos deverão manter-se no plantel, até porque o treinador dos azuis e brancos ainda espera reforços, mas a luta será intensa.
Desde o jogo com o V. Guimarães, Nuno não voltou a alterar o trio de médios titulares composto por Danilo, Herrera e André André, alinhando os mesmos na apresentação contra o Villarreal e, na sexta-feira, em Vila do Conde. Contra o Rio Ave, Rúben Neves e Evandro foram os eleitos para o banco, mas nem chegaram a ser utilizados. De fora ficaram João Carlos – um dos reforços – e Alberto Bueno. A fórmula deu uma resposta positiva e deverá voltar a ir a jogo nos próximos compromissos, sendo certo que o trio vem sendo oleado a pensar no Roma, o que torna impossível qualquer mudança imediata.