Ainda sobre o jogo de ontem… algumas reflexões…
– Para quem não se recorda, eu lembro que o Club Brugge, é o Campeão da Bélgica
– Temos a linha avançada mais nova da Champions League, com o André Silva, e o Diogo J
– Somos provavelmente a equipa com média de estatura mais baixa da competiçãoNão deslumbramos, isso é certo e seguro, mas somamos os 3 pontos nos dois jogos com os Campeões Belgas. E isso é o que realmente importa.
Vejo muitas criticas a esta equipa, dizendo que não sabem jogar “à Porto”, e que o NES não é treinador para o nosso clube.
Reparo também que há sempre muitos adeptos a invocarem treinadores, e jogadores, esses sim “à Porto” de épocas mais distantes.Gostaria por isso de vos propor o exercício de se recordarem de outros jogos com equipas Belgas. Principalmente, o considerado na altura, todo poderoso Anderlecht. Equipa Belga, que nos deixou pelo caminho em diferentes situações. Por exemplo, na época 77/78, e 82/83, quando eramos orientados pelo Mestre José Maria Pedroto. Em 1993/94, na fase de grupos da Champions League, quando tivemos muitas dificuldades, e perdemos na Bélgica, ganhando nas Antas, com o inquestionável Bobby Robson aos comandos da nossa equipa. Ou ainda, mais recentemente, quando o Campeão Belga nos deixou fora da fase de Grupos da Champions, em 2000/01, quando eramos comandados pelo Campeão Europeu Fernando Santos, o nosso Engenheiro do Penta.
Para colmatar tudo isto, apenas quero recordar-vos que todas essas equipas tinham aquilo que unanimemente todos consideramos jogadores “à Porto”. Vamos recordar alguns nomes…
Fonseca, Gabriel, Teixeira, Simões, Murça, Octávio, Taí, Rodolfo, Seninho, Gomes, Oliveira; Ademir, Duda, Eurico, Inácio, Frasco, Sousa, Romeu, Costa, Walsh, João Pinto, Vítor Baía, Fernando Couto, Aloísio, Jorge Costa, Semedo, Rui Filipe, André, Folha, Drulovic, Kostadinov, Paulinho Santos, Alenitchev, Capucho, e tantos outros…
Eram, ou não eram jogadores “à Porto”? A verdade é que todos eles baquearam diante do Campeão Belga.
Vamos apoiar a nossa equipa, vamos deixá-los crescer, vamos ajudá-los a serem jogadores “à Porto”. E para que isso aconteça, também nós temos que olhar para o nosso interior, e questionarmo-nos se realmente estamos a ser adeptos “à Porto”.
Não estamos a viver a nossa melhor fase, mas a verdade é que nem tudo é tão mau como nos quer fazer acreditar toda a comunicação social facciosa deste país. Não se deixem intoxicar…
Por: Paulo Bizarro