Vê aqui que jogador do Porto diz isto.
Raul Gudiño despediu-se, ontem, do segundo Mundial da carreira, empurrado pelo inesperado último lugar do México no Grupo D – a Sérvia ficou em primeiro e os dois lugares seguintes foram encontrados por sorteio, pois o Uruguai, que segue para os oitavos, teve um desempenho igualzinho ao do Mali. O guarda-redes entra mais cedo de férias, mas já sabe que tem de se apresentar no Olival a 6 de julho, para iniciar os trabalhos de pré-época da equipa B, confirmando-se a continuidade no FC Porto, que está a negociar com o Chivas a compra do seu passe.
Gudiño, por isso, já só pensa regressar ao FC Porto, onde foi campeão nos sub-19 e espera continuar a evoluir até se tornar um dos melhores guarda-redes do mundo.
Com idade de júnior, o bom desempenho fê-lo jogar também pelos bês, levando o FC Porto a decidir-se pela negociação do passe. Gudiño garante que “está tudo bem encaminhado” nesse processo. “As coisas estão a ser tratadas com o meu empresário para representar o FC Porto”, afirmou, sem detalhes. “Ficar e defender é o que pretendo. Essa é a minha expectativa desde pequeno e que melhor do que um grande clube como o FC Porto?”, atirou.
A época em Portugal, diz, foi enriquecedora. “Adquiri muita experiência, conheci novos companheiros, diferentes pessoas e idiomas. Creio que isso me tornou melhor pessoa e futebolista e há que continuar assim nos treinos e nos jogos”, resumiu, em jeito de balanço, este mexicano que não tem medo de sonhar alto e em voz alta. “Sonho ser o melhor do mundo, depende de mim e nada mais, do trabalho de todos os dias”, declarou, decidido a seguir o exemplo de Helton e de Fabiano com quem “sempre se aprende muito, dentro e fora do campo”.
Para chegar ao patamar deles, à equipa principal, há que “traçar metas” e, terminado o escalão de juniores, o objetivo natural é a baliza da equipa B. “Se fui campeão nos juniores, por que não na equipa B?”, responde, de novo com uma interrogação, o jovem mexicano que sorri perante a ideia de voltar ao Dragão, onde “ter o Herrera e o Diego [Reyes] foi muito importante” na adaptação, refere, antes de se despedir: “A 6 de julho tenho de me apresentar no Porto.”