Bruno China participou na última vitória de José Mota sobre FC Porto (3-2), em 2008, e concorda que a agressividade faz parte do ADN das equipas orientadas pelo técnico de Lordelo.
José Mota, treinador do Feirense, defronta hoje o FC Porto pela 26.ª vez na carreira, adversário que apenas bateu por três vezes. O primeiro triunfo sobre os dragões aconteceu em 2001, quando orientava o Paços de Ferreira (1-0), o mesmo resultado que se verificou na vitória seguinte, em 2003, também ao serviço dos pacenses. A mais recente sucedeu em 2008, quando estava no comando do Leixões e ganhou no Dragão por 3-2.
Bruno China, autor do primeiro golo nesse último triunfo de Mota, recordou a partida. “Lembro-me que vínhamos de uma boa série de vitórias e até fomos ao Dragão disputar a liderança. Íamos superconfiantes e o FC Porto tinha perdido com o Dínamo Kiev para a Champions; com o meu golo cedo, ainda ficaram mais intranquilos. Foi um golo importante, que nos deu confiança para o resto do jogo e nos ajudou a conseguir essa vitória histórica”, contou.
Conhecedor do ADN das equipas orientadas por Mota, Bruno China, que agora representa o Leixões, concorda com Nuno Espírito Santo, treinador do FC Porto, que na antevisão do jogo falou da agressividade do Feirense (ver páginas 16 e 17). A formação da Feira é, aliás, a segunda mais faltosa do campeonato, atrás do Chaves, com 226 faltas. “As equipas do José Mota são sempre agressivas, no bom sentido da palavra, tentam disputar todos os lances e jogar em todo o campo de uma forma positiva, não há qualquer maldade. Um dos pontos fortes do Leixões era esse e uma das mensagens que era passada é que há que lutar por cada lance como se fosse o último. Se o Feirense deixar o FC Porto jogar, não vai ter qualquer hipótese”, perspetivou o trinco, vincando que “a agressividade, concentração e organização são fatores-chave para conseguir um bom resultado”. “Quem defronta os grandes nada tem a perder e precisa de entrar descontraído, mas com responsabilidade. Com organização, rigor, eficácia e alguma sorte, as surpresas acontecem”, comentou. China também revelou que “a semana de jogos grandes é sempre diferente para os jogadores, por mais que se esconda, e traz motivação extra”.