Na entrevista que concedeu ao JN Direto, esta segunda-feira, Pinto da Costa abordou a sua relação com Antero Henrique e falou sobre os negócios de Julen Lopetegui e Adrián López.
Relação com Antero Henrique: “Ainda hoje mantenho excelentes relações com o Antero [Henrique]. O que me disse quando saiu? Tem que lhe perguntar a ele. O que ele me disse não vou revelar. [A relação] Não esfriou nada e a prova é que ele continua na Liga como representante do FC Porto”.
Sucessão na presidência: “O FC Porto tem 50 mil sócios em condições de se candidatarem. Último mandato? Já esteve para ser tantas vezes… Não sabemos se amanhã somos vivos. Quando assumi a presidência do FC Porto, prometi que daria sempre o meu melhor pelo FC Porto. Há coisas que gostava de fazer, como um centro de treinos para os jovens. O futuro do clube tem de passar cada vez mais pela formação. Tem o Rúben Neves, o Rui Pedro… Tem de ter jogadores desses. Não se pode construir uma equipa de juniores ou B à base de nigerianos. Era importante ter um grande centro de formação para jovens. Estamos em conversações com a Câmara da Maia. É um desejo que temos e penso que era importante”.
Futuro financeiro do FC Porto: “Não temo. Tenho confiança absoluta do futuro. A UEFA fez os maiores elogios ao trabalho que o FC Porto está a fazer. Estamos a procurar evitar as contratações de jogadores. O jogador que joga não é o caro. Caro são os que custam muito dinheiro e nem sequer jogam. No passado não evitámos isso. Eu assumo a responsabilidade de tudo. Se aconteceram coisas com que nós concordámos, não posso deitar para cima do Lopetegui e o Jorge Mendes. Nós acreditámos neles. Nós pagámos 11 milhões por 60 por cento do passe do Adrián. Até julguei que estava a confundir com o Maradona. O senhor Jorge Mendes garantiu-me que no fim do ano o vendia pelo mesmo preço, é evidente que acreditando nas pessoas, hoje repetia o mesmo. O treinador dizia-me que era um jogador essencial e fabuloso… A filosofia alterou completamente. Vamos aproveitar cada vez mais jogadores da formação”.
Relação com Jorge Mendes: “Relação ficou normal, mas uma promessa dessas nunca mais. O treinador não o põe a jogar, o empresário chega ao fim da época e não tem solução para ele… Estamos sempre a aprender. O Lopetegui veio por indicação do Jorge Mendes, e o Nuno falou comigo. Estava marcado no fim dessa semana um encontro em casa do Jorge Mendes para o Nuno ir para Inglaterra. Quando falei ao Nuno para vir para cá, ele disse-me que tinha a reunião, mas que se fechássemos naquele dia já não ia. É totalmente diferente do Lopetegui, que eu não conhecia. O Nuno veio para o FC Porto por decisão da administração”.