A publicidade do Benfica ao ‘RedPassou-se’, que goza com as suspeita de corrupção em que está envolvido, tem passado em todos os canais generalistas. Isto significa que:
1. O Benfica contribui ativamente para o financiamento desses três canais, que são simultaneamente três palcos de atuação dos seus cartilheiros (adeptos de clubes, comentadores independentes e jornalistas). A dependência económica dos canais generalistas face ao Benfica pode ser um dos fatores de condicionamento da sua liberdade editorial que resultam no desequilíbrio do tratamento informativo da turma de Carnide face aos seus rivais.
2. Tendo estes anúncios uma forte conotação política no quadro atual do futebol português, os três canais revelam que não têm qualquer problema em acolhê-los e em contribuir para a difusão e consolidação da mensagem e da estética nacional-benfiquista, que tem como principal linha de força a ridicularização não só do FC Porto mas também do Norte e das suas gentes. Além disso, RTP, SIC e TVI aceitam passar publicidade que desvaloriza investigações judiciais e indícios criminais graves, relacionados com corrupção e tráfico de influências.
3. Como é sabido, a aceitação de spots publicitários está sujeita ao critério de cada estação, que pode rejeitar ou propor preços ridiculamente elevados quando recebe propostas que interfiram com a sua neutralidade. É isso que acontece com propostas de partidos políticos, por exemplo. A aceitação destes anúncios tem, por si só, um significado que, em certo sentido, há muito já antecipámos: a RTP, a SIC e a TVI aceitam ser instrumentos da máquina de propaganda terrorista do Benfica. A ação concertada e simultânea nos três canais é a expressão do avanço do totalitarismo. Parece que não há alternativa.
4. Mas há: o Porto Canal é o único espaço onde os portistas encontram garantias de acesso a programação e publicidade não abrangidas pelo totalitarismo nacional-benfiquista. É um espaço de libertação, revolta e luta, que temos de acolher como nosso e preservar.
Texto: Baluarte Dragão