“Antes de renovar com o Nantes, o presidente apertou-me a mão e disse-me que, se aparecesse um clube de maior dimensão, não me cortaria as pernas”, foi assim que Sérgio Conceição, em entrevista à Dragões, revista oficial do FC Porto, explicou o processo da saída do clube francês para poder assinar pelo FC Porto.
O atual treinador lamenta que o dirigente do clube da Ligue não tenha respeitado o acordo – “E não foi assim, não foi nada assim -, lamenta que não tivesse dado o valor devido ao estado de saúde da sua mulher – “Uma das reuniões que deveríamos ter após o final da época foi cancelada pois ele teve de vir de urgência para o Porto para ser operada”-, mas no fim diz até compreender a reação de Waldemar Kita.
“A maior parte das pessoas não sabia que existia aquele compromisso verbal que, para mim, como eu sou, vale tanto ou mais do que uma cláusula ou folha assinada. Isso não foi respeitado e tentou-se ao máximo complicar a minha saída. Eu compreend, por tudo o que dise, que as pessoas tenham ficado desiludidas e tristes com a minha saída, mas isto é futebol. Não quero estar a alimentar mais cenários nem a dar continuidade a esta novela. A novela acabou”, acrescentou à mesma publicação, disponível desde esta quinta-feira.
“Este divórcio foi difícil para todos. Para o clube, para os adeptos e para mim também, mas a vida é isto. Porque é que não se vê as coisas de outra forma? Renovo o contrato e um mês depois aparece um clube como o FC Porto. Não posso sair porquê? Não fiz nada de grave, não enganei ninguém e fui direto e correto com as pessoas. Depois de saber do interesse do FC Porto no dia seguinte de manhã estava em Nantes a dizer isso cara a cara ao presidente”.