A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) diz que os agentes podem falhar policiamento aos jogos de futebol, situação que se pode verificar já no jogo entre V. Guimarães e FC Porto, a contar para o Troféu Cidade de Guimarães, marcado para este domingo.
Paulo Rodrigues, da ASPP, mostra-se contra o modelo de policiamento utilizado no futebol profissional e critica o facto de os clubes não chamarem polícias para serviços gratificados, algo que obriga à mobilização do corpo especial da polícia.
“Os polícias não servem para fazer favores. É isto que não aceitamos nem admitimos”, afirmou, em declarações à TSF. A ASPP alega ainda ter alertado o governo em maio para a situação, mas não obteve resposta.
Sem respostas às reivindicações feitas em maio, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) mantêm a decisão de avançar com protestos logo nos primeiros jogos oficiais da temporada, até que o modelo de policiamento do futebol profissional seja revisto pelo governo. “As Sociedades Anónimas Desportivas, sendo empresas privadas, não podem continuar a beneficiar de um tratamento especial em relação a outras empresas privadas”, pode ler-se no comunicado distribuído na sexta-feria pela ASPP/PSP.
“Não se compreende que os Profissionais da Polícia continuem a ser usados gratuitamente por estas empresas e por tudo o que envolve, nos dias de hoje, um jogo de futebol. A própria Polícia de Segurança Pública considera alguns dos jogos de futebol profissional como sendo de risco elevado, efetuando conferências de imprensa e dando conselhos de segurança à população. No entanto, os Profissionais da Polícia são escalados para efetuar serviço como se de um dia normal de trabalho se tratasse, poupando verbas às empresas promotoras dos eventos”, sublinham ainda os profissionais da PSP, que exigem que as empresas organizadoras dos eventos sejam responsáveis pela segurança e “paguem como qualquer outra, o que está estipulado na lei”.