Num olhar sobre o topo do campeonato, Luís Castro distribui elogios aos companheiros de profissão. Detém-se em Sérgio Oliveira, o mais recente trunfo portista, que viu crescer na formação dos dragões.
Adepto do futebol de qualidade, que ajudou a construir nas escolas do FC Porto, Luís Castro coloca-se à margem das incontáveis polémicas que envolvem os candidatos ao título, para se deter na qualidade dos treinadores de FC Porto, Benfica e Sporting. Fala de todos com a reserva que o estatuto de mero “observador” do campeonato aconselha, sublinha. Sem amarras, fala da alegria de ver Sérgio Oliveira ser feliz no FC Porto. O médio é um dos muitos futebolistas que viu crescer nos dragões.
Vamos ter mais um campeonato histérico?
“Há muito ruído com tudo o que envolve os três grandes. O que eu sinto é que os treinadores que lá estão, todos eles, são muito competentes. Todos têm capacidade para transmitir a paz suficiente às equipas para desenvolver o jogo que querem. Isso leva-nos a pensar que todo esse ruído e toda a histeria que anda à volta do campeonato poderá não influenciar de forma negativa. O FC Porto tem dois pontos de vantagem sobre o Sporting, cinco sobre o Benfica; ir na frente é uma vantagem, mas, como o Sérgio já o disse, estão muito no início. Cada um deles tem a capacidade de se focar na sua equipa e saber que nada está decidido”.
O que lhe parece este FC Porto de Sérgio Conceição?
“É uma equipa muito ofensiva, muito intensa, que está em paz no campeonato. Sente-se uma comunhão entre adeptos, treinadores, jogadores”.
Fica contente por ver nele Sérgio Oliveira?
“Gosto sempre de ver jogadores jovens que lutaram muito, ao longo do seu trajeto, e venceram muitas adversidades. Gosto mesmo muito. Aquilo que mais valorizo é ver jogadores que passaram maus bocados chegarem ao êxito. Esses maus bocados, não vamos discutir se foram por culpa deste, daquele ou do outro, não faz sentido falar sobre isso. Faz sentido, sim, falarmos sobre a forma como os ultrapassaram. O Sérgio passou por momentos brilhantes, na formação, gerou muitas expectativas fundadas, mas, muitas vezes, as coisas não lhe sorriram e continuou a lutar, a lutar, e é um exemplo”.
Fonte: O Jogo