O diretor de comunicação dos dragões teceu duras críticas ao Secretário de Estado da Juventude e do Desporto
João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, concedeu uma entrevista, à Rádio Renascença, na qual lamentou o clima quente que se vive no futebol português e defendeu o agravamento das penas para quem contribuir para tal.
“Não há, no meu quotidiano, com quem fale que não reconheça que, efetivamente, hoje, as coisas estão para lá do que seria desejável, do ponto de vista de um discurso inflamado que nada tem que ver com o desporto e com os valores do desporto. Competitividade é uma coisa, outra coisa é agressividade e partirmos para discursos que incitam atitudes menos compaginadas com o que são os valores do desporto”, afirmou João Paulo Rebelo, que prometeu um “conjunto de medidas e de propostas que procurarão pôr cobro”, ao clima que o Governo quer “erradicar”.
Em resposta, Francisco J. Marques foi corrosivo.
“Estas declarações são lamentáveis, porque os problemas do futebol português não se cingem à maior ou menos dramatização do discurso ou maior volume dos discursos dos dirigentes e adeptos. Estão a acontecer coisas muito graves no futebol português, estamos a viver o maior escândalo desportivo em Portugal, como a seu tempo ficará claríssimo. E o que disse o secretário de Estado até hoje? Zero”, começou por dizer o diretor de comunicação do FC Porto.
“Um secretário de Estado que nada faça para impedir este tipo de comportamentos por parte dessa claque [No Name Boys] só tem um caminho: demitir-se ou ser exonerado. A ação dele tem sido nefasta ao futebol português, é cúmplice nestas coisas. João Paulo Rebelo tem o exercício dele manchado pelo sangue do adepto que morreu [na véspera do Sporting-Benfica]. Porque isso aconteceu em abril e até agora não se ouviu uma ação contra essa claque. Essa claque tem histórico de mortes. O que fez? Zero. O que é que o instituto público sob a jurisdição dele fez até agora? Zero”, argumento o diretor dos dragões, que continuou a carregar nas críticas.
“O doutor João Paulo Rebelo não é isento, não é um governante que olhe para os cidadãos da mesma maneira. Não fez nada e até agora ninguém fez nada. E anda preocupado com o que se conversa. Diz que é preciso ter penas mais severas. Isso é o quê? Pena de morte? Governar é uma outra coisa. Para que serve um secretário de estado destes? Para nada.”
Fonte: ojogo.pt