Os e-mails revelados no ano que ainda agora começa dão nova cara: a cara da vergonha, a cara da promiscuidade entre vários elementos de um clube mergulhado na corrupção e no tráfico de influências, inclusive com alguns jornalistas de alguns órgãos da “distinta“ Comunicação Social portuguesa.
Já se sabia que havia cartilhados e avençados, e que estes andavam na penumbra; agora, com as novas revelações, fez-se luz sobre a bajulice e a subserviência de alguns “papagaios” da Comunicação Social que, sob o manto diáfano da “isenção“, vão escrevendo e opinando nas colunas dos jornais, nas rádios e nas televisões.
Com que cara se apresentarão, agora, perante quem os lê, ouve ou vê? Não terão um pingo de vergonha para saber que, agora, nada esconde a lama em que mergulharam?
Que possam ter clube favorito, é “normal“, mas não o deveriam demonstrar; que não sejam isentos, “entende-se“ (mas pouco… Mas receber dinheiro para fazer o trabalho porco da delação não os envergonha?!
E o que tem o Sindicato dos Jornalistas, tão solícito a defender a classe quando as acusações partem de um clube mais a Norte da Capital, a dizer sobre isto?
E o que terá a ERC a dizer sobre isto?
E o que tem a Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas a dizer sobre isto?
Estarão também estas entidades e os seus dirigentes, atolados na mesma “lama“?
Só me apetece dizer e com as letras todas, sem paninhos quentes: a vergonha está instalada na Comunicação Social com a postura vergonhosa destes espécimes de jornalistas – que apresentam uma cara sorridente, de pureza, de isenção imaculada – mas que são do mais reles e do mais baixo que a profissão pode ter.
Há gente que concede que lhe roubem seja o que for, com excepção daquilo que não possui: a Honra.
Façam um favor principalmente a vós próprios: DEMITAM-SE!
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