Folha não escondeu a agradável surpresa com a abordagem feita por Sérgio Conceição no início da época, sublinhando a forte sintonia que existe entre ambos no trabalho desenvolvido.
O contacto entre Sérgio Conceição e António Folha é regular e saiu reforçado pela forma direta como o treinador do plantel principal abordou o seu homólogo da equipa B no início da época. Folha não se importava de perder todos os jogadores para o plantel principal neste mercado.
Neste processo de formação, como é que tem sido a sua relação com Sérgio Conceição?
-Vai ao meu gabinete, eu vou ao dele, há sintonia. Mas há que dar os parabéns ao Sérgio, porque quando ele chegou ao FC Porto, veio ao meu balneário; não chamou o treinador da equipa B ao balneário dele e aí fez toda a diferença, procurou-nos, não mandou ninguém. Conversou com os treinadores da formação e vem falar connosco regularmente.
É uma abordagem diferente daquela a que estava habituado?
-Sim, completamente – e para melhor. Há sintonia e interesse do treinador da equipa principal em relação aos jogadores da equipa B. Isso mostra a humildade dele e que está muito interessado. Toma a iniciativa e acho bem que o faça.
Não receia que o mês de janeiro lhe “roube” algumas opções?
-É natural que os jogadores do FC Porto sejam cobiçados, seria de estranhar se assim não fosse. Preparado para perder para melhor, estou sempre; preparado para perder para a equipa principal, todos; preparado para perder para equipas que possam travar o crescimento dos jogadores, aí penso que devemos ter alguns cuidados.
Como é que olha para os jogadores da equipa B que foram chamados ao plantel principal?
-Com muita satisfação, é sinal de que o treinador da equipa principal está atento e de que quer conhecer melhor os jogadores, e que eles participem nos seus trabalhos. É bom que haja este trabalho entre as equipas, para que o crescimento deles se faça de forma sustentada e sem pressas.
Que jogadores é que vê com potencial para a equipa principal?
-Alguns [risos]. O que lhes digo é que crescendo enquanto equipa, serão, naturalmente, melhores em termos individuais. Aí é que está o segredo das coisas, porque há a tendência nos jogadores de uma equipa B de se tentarem mostrar, serem egoístas. E, às vezes, as coisas não correm bem porque fazemos mais do que aquilo que realmente conseguimos. Temos de fazer as coisas juntos, porque sozinhos não vão lá chegar.
Jogar na Premier League International Cup e na Youth League abre outras perspetivas ao crescimento deles?
-É motivante, sente-se. É quase como ir à Liga dos Campeões na idade deles, é uma montra, defrontam adversários competitivos e eles gostam de fazer esses jogos. Mas com estes espaços competitivos, todos tentam criar condições para agarrar as oportunidades.
Fonte: ojogo.pt