Francisco J. Marques falou sobre os diversos processos judiciais em que o Benfica está envolvido, com destaque para o caso dos emails.
O diretor de comunicação e informação do FC Porto, Francisco J. Marques, analisou esta terça-feira o número de processos judiciais em que o Benfica está envolvido, destacando a importância da denúncia dos emails para o desencadeamento das diversas investigações ao clube da Luz.
“São 10 crimes de falsidade informática. O Benfica andou a acusar o FC Porto de cometer crime informático e acesso ilegítimo e nós garantimos sempre que não. Recebemos um conjunto de informação que disponibilizámos às autoridades. E, afinal, o Benfica é que o fazia. Temos o Paulo Gonçalves acusado de 10 crimes de falsidade informática. Mas o crime que está em causa é o de corrupção ativa. Tudo isto para favorecer o Benfica e os seus elementos nas investigações em curso. O Benfica estava preocupado com os processos. O que preocupa mais qual era? Qual era o mais consultado pelo José Silva? É o processo de corrupção de arbitragem, pelo qual o Benfica está a ser investigado. O DCIAP de Lisboa informou que estava em causa corrupção ativa e passiva. O tal processo de suposto crime informático cometido pelo FC Porto foi consultado uma vez, um sobre o presidente do Sporting foi consultado duas vezes”, anotou o dirigente dos azuis e brancos, no programa Universo Porto da Bancada, enaltecendo uma “leitura clara” das alegadas ações do clube da Luz:
“Isto tem uma leitura clara para toda a gente. Acho que é claro para qualquer adepto de futebol que o Benfica está metido numa série de trapalhadas. Porque razão é que, estando a decorrer uma investigação, o Benfica vai através de um dos seus principais funcionários [Paulo Gonçalves] pedir a funcionários judiciais para entrarem no sistema? Todos têm noção do ilícito que estão a cometer. Se arriscam, é porque estão muito preocupados com a descoberta de procedimentos irregulares em diversas áreas. Procurar interferir. Acho que está feito o retrato daquilo que tem sido o Benfica nos últimos anos. Sustenta-se através de pessoas mais ou menos próximas, que são capturadas, ou porque gostam muito do clube, ou porque recebem contrapartidas, e acabam por prestar serviços ao Benfica que não são regulares. Foi à custa disso que o Benfica conseguiu criar poder quase absoulto até ao verão passado. Aí começa a vacilar por causa das denúncias. O caso dos emails veio ajudar a desencadear uma série de outras investigações. O Benfica procura reagir, recorrendo até, disse a Visão, a espiões do SIS. Não sei até que ponto é verdade, mas não deixa de ser surpreendente. Está aqui um padrão que vai de encontro a tudo o resto. Pedimos uma investigação eficaz, que apure a verdade. Ninguém pode ter dúvidas dos crimes que foram cometidos, do objetivo desses crimes, que era beneficiar o Benfica. Um dos co-autores do crime e quem retirava benefício deles era o Benfica”, acrescentou J. Marques.
Fonte: Ojogo.pt