Proença disse: “Sabemos quem controla o sistema agora. Temos de acabar com isso”
Dirigente portista revelou palavras do líder da Liga em reunião com clubes e comunicação social
Palavras de Francisco J Marques:
“Houve uma intervenção bastante interessante do doutor Pedro Proença, presidente da Liga, em que mostrou alguma preocupação até com algumas coisas que eu tinha dito e está no seu pleno direito, mas ele depois, a dada altura, diz o seguinte, e vou citar de cor: sabemos quem controlava o sistema nos anos 50, sabemos quem controlava o sistema nos anos 80, sabemos quem controla o sistema agora. Temos de acabar com isso! Acho que esta frase é muito clara. Só não a entende quem não quiser entender. Foi dita pelo presidente da Liga à frente dos clubes. Ele disse isto, na casa do futebol. Repito, só não entende quem não quiser entender”, sublinhou Marques.
“Da minha parte, eu no fundo fui lá marcar uma posição que é a seguinte. O FC Porto tem sido vítima de se procurar responsabilizar o clube e a mim próprio por causa do que se diz que é o clima, a violência verbal, a crispação no futebol português. Evidentemente que eu não concordo nada com isso. Eu faço a defesa do FC Porto como é minha obrigação. Tudo o que nós, FC Porto, fomos dizendo ao longo deste último ano foi baseado em factos. Em factos que nos foram dados a conhecer da forma que toda a gente sabe. É pública. Esses factos até originaram várias investigações por parte das autoridades. Investigações essas que visam atos de corrupção. Não podemos ficar calados perante a adulteração da competição. É disso que se trata. É muito bonito estarmos sempre a ouvir alguns protagonistas do futebol português fazerem apelos à paz, a virem com o canto da sereia da defesa da indústria, que não a podemos destruir porque alimentamo-nos todos dela. Isso é muito bonito de se dizer porque é em proveito próprio. Há quem queira manter toda a gente em silêncio para poder continuar a utilizar os esquemas fraudulentos que utilizava, e provavelmente alguns ainda utilizará, em seu próprio benefício”, deixou no ar.
Fonte: Record.pt