SAD continua obrigada a faturar e fixou preço. Roma está mesmo interessado, mas o jogador quer a Premier League.
Brahimi pode ser o próximo a sair, mas para isso é preciso que o Roma, ou outro clube, chegue pelo menos aos 30 milhões de euros, valor mínimo para os dragões aceitarem negociar o argelino. O interesse do terceiro classificado da Serie A italiana é real e a proposta formal está a ser preparada. A Imprensa italiana fala de 25 milhões de euros, mas o FC Porto não venderá por tão pouco, a não ser que possa conservar uma parte significativa do passe do jogador, mas como só tem 50% esse é um cenário mais complicado. Assim sendo, a SAD pretende esticar o valor para aceitar perder um dos mais influentes jogadores de 2017/18.
Brahimi, não é segredo, já quis sair anteriormente. As boas sensações que o início da época que agora termina lhe provocaram alteraram a decisão. Mas, com o campeonato finalmente conquistado, com o moral novamente em alta e agora que recuperou valor no mercado internacional, a transferência parece inevitável. Para ficar, o atacante terá de renovar, mas isso é ainda mais difícil, porque é precisamente o facto de só ter contrato até 2019 que o torna tão apetecível no mercado.
Para os dragões, continua a ser fundamental vender mais alguém até ao final do mês de junho, para cumprir com os 20 milhões de prejuízo máximo que a UEFA fixou. O Leicester pagou 20 milhões de euros por Ricardo Pereira, mas o FC Porto “só” tem 88% do passe do jogador e o Nice ainda tem de receber 15% do valor total da transferência. Mesmo com os encaixes (12 milhões) sobre Boly e outros emprestados, os dragões precisarão de faturar mais e o caminho a seguir passa pela transferência de um dos jogadores que terminam contrato em 2019. Há ainda Dalot, Gonçalo Paciência e Herrera nessa condição, mas o primeiro é para renovar, o segundo nunca renderia uma verba significativa e o mexicano tem Mundial e perspetivas de também se valorizar nessa competição. Brahimi não vai à Rússia, porque a Argélia não se apurou e não poderá valer mais em junho do que atualmente. Pelo contrário, quanto mais se aproximar o fim do contrato, menor é o poder negocial dos dragões. A renovação é sempre uma hipótese sobre a mesa, mas a vontade do jogador terá um peso decisivo e o argelino prefere sair em grande e depois de cumprido o grande objetivo desportivo que o trouxe para Portugal, há quatro anos.
A Premier League é, nesse âmbito, o grande desejo do jogador, mas o Everton e o Newcastle nunca formalizaram o interesse e o Wolverhampton não interessa muito, até pela difícil relação com Nuno Espírito Santo. O Roma sim, tem-se aproximado, manifestou interesse e manteria o jogador no topo da Europa.