A nona emissão bolsista da FC Porto SAD oferecia obrigações no valor de 35 milhões de euros. Procura chegou a um total superior a 65 milhões, quase duplicando a oferta
Fernando Gomes, administrador da SAD azul e branca, congratulou-se com o sucesso da emissão obrigacionista. “Temos cumprido, escrupulosamente, as obrigações. O investimento supera muitas vezes as paixões clubísticas, a racionalidade de todos os investidores e a credibilidade do produto”, justificou. Ainda assim, o administrador não deixou de manifestar o seu desagrado em relação à dívida perdoada ao Sporting: “Houve concorrência desleal. Tem acontecido no panorama desportivo e económico. Pedimos para que não haja concorrência fora de campo. Fomos tratados da mesma forma que os incumpridores, queremos lutar com armas iguais”.
Esta emissão, que se vence em 2021, pagará juros semestrais à taxa anual de 4,75%, um acréscimo de 0,75 pontos percentuais face à obrigação que vence em 2020. “Não é uma taxa elevada para nós, até é bem competitiva. Mas devo confessar que a circunstância do Sporting ter falhado o pagamento teve peso na nossa taxa de juro. Este valor visa substituir dívida de curto prazo por médio prazo, não fizemos nenhum encaixe especial. Os 35 milhões de euros são para financiar a atividade corrente. Receitas não existem neste momento, é um período de receitas frágeis e despesas elevadas”, acrescentou Fernando Gomes.