Uma dupla de arquitetos portugueses inspirou-se nos clubes de futebol americano e no Bayern de Munique para projetar o luxuoso balneário do F.C. Porto, no Estádio do Dragão, que pediu instalações de topo mundial.
Sediada na baixa do Porto, a BKX Arquitectos quis corresponder a um “desafio aliciante e repleto de dificuldades” e dar resposta aos anseios da SAD portista de “continuar a ser um dos oito melhores clubes da Europa a diversos níveis”, disse à Lusa Luís Cardoso, um dos sócios da empresa – o outro é Arménio Teixeira – criada em 2005.
Discípulos de dois dos maiores nomes da arquitetura nacional, Adalberto Dias e Siza Vieira, a missão que no início de junho nasceu de um convite de Hélder Gomes, diretor de “branding” da FC Porto SAD, tinha um só propósito: “fazer do balneário do FC Porto um dos melhores da Europa”, frisou Luís Cardoso.
Percebido o conceito e as premissas, a pesquisa atravessou o oceano Atlântico e foi beber inspiração aos “balneários fantásticos dos clubes do futebol americano”, mas não só, já que a SAD tinha outra referência, em particular o balneário do Bayern, no Arena de Munique.
Assim, em dois meses, derrubaram e reergueram noutra dimensão 300 metros quadrados do “estádio, promovendo ao mesmo tempo uma mudança do paradigma do clube que, uma vez a obra feita, passou a permitir aos visitantes do estádio a passagem por um “lugar sacrossanto até então era inacessível, como forma de motivar ainda mais os adeptos”, explicou o arquiteto.
E num redimensionamento que “criou novos espaços para jogadores, treinadores, equipa médica, adjuntos e rouparia” houve, segundo Luís Cardoso que “sacrificar algo, desaparecendo a sala José Mourinho”, criada após o clube ter sido campeão europeu, em 2004.
Sempre segundo as recomendações da SAD e procurando seguir as premissas da UEFA/Liga dos Clubes, a BKX criou também “um balneário de luxo para os árbitros, até então confinados a uma área exígua, face às equipas agora de cinco elementos”.
Fonte: JN