O jornal The Guardian reuniu os maiores talentos do mundo nascidos em 2002 e entre os 60 eleitos estão dois jogadores do FC Porto: o avançado Fábio Silva e o defesa Tomás Esteves. Naquilo que tem sido prática do diário britânico desde 2014 — de escolher as maiores promessas com 17 anos — já foram destacados nove futebolistas nacionais.
Descrita como a “Next Generation 2019”, a lista reúne jovens talentos de todo o mundo, tendo como único critério terem nascido em 2002, ou seja, terem 17 anos (ou estarem em vias de lá chegar).
A lista inclui craques que já estão a levantar ondas no futebol internacional, como Ansu Fati, o avançado de 16 anos do Barcelona que “já molhou” na equipa principal e até já se estreou na Liga dos Campeões.
Contudo, o grande destaque deste ano — ao que ao nosso país concerne — é incluir dois produtos das escolas do Futebol Clube do Porto: Fábio Silva e Tomás Esteves.
Na distinção feita a Fábio Silva, o jornal britânico destaca que o filho do internacional português Jorge Silva se estreou pela equipa sénior dos azuis e brancos ainda antes de fazer 17 anos, tendo ganho a UEFA Youth League no ano passado. É descrito com sendo um “matador”, cujo “ar inocente” esconde as característica de “um avançado completo”, sendo “móvel, tecnicamente dotado e implacável em frente à baliza”.
Já Tomás Esteves, para além de também fazer parte da equipa vencedora da UEFA Youth League e já ter sido chamado à primeira equipa nesta época, reúne as características de “um lateral direito moderno”, sendo “um jogador de energia aparentemente inesgotável”, com “habilidade técnica soberba” e “inteligência tática”.
Tem sido recorrente a presença de talentos portugueses desde a criação desta lista, em 2014, contabilizando-se nove entradas, ao todo.
Na sua edição inaugural, visando os jogadores nascidos em 1997, foi Rúben Neves o eleito, na altura ainda nas escolas do FC Porto antes de se estrear com Júlen Lopetegui na equipa sénior e de se tornar uma referência nos Wolverhampton com Nuno Espírito Santo. Em 2015, o escolhido para a classe de 1998 foi Pedro Pereira, lateral-direito formado no Benfica que se destacou na Sampdoria. Tendo ainda regressado aos encarnados, a sua estadia em Portugal não foi feliz, regressando a Itália.
Chegando a 2016, este foi o ano onde mais jogadores portugueses foram escolhidos, na altura para a classe de 1999. Ao todo foram três: o avançado José Gomes, formado no Benfica e que ainda não se conseguiu impôr nas águias; o médio Domingos Quina, que despontou no West Ham e que tem conseguido fazer o seu percurso no futebol inglês, estando agora no Watford; e o lateral Diogo Dalot, que depois de se sagrar campeão pelo FC Porto, protagonizou uma transferência choruda para o Manchester United.
Em 2017, para a classe de 2000, o eleito foi Pedro Neto, sendo que o médio formado no Sporting de Braga foi comprado pela Lazio, mas está agora no Wolves, tendo ambas as transferências sido feitas lado-a-lado com o seu colega Bruno Jordão. Finalmente, no ano passado a distinção da classe de 2001 foi conferida a Úmaro Embaló, sendo que jovem extremo já se encontra na equipa B do Benfica, onde continua a aperfeiçoar as suas valências.
Desde a edição de 2016 até a atual, a prospeção de jogadores portugueses tem sido feita por Nuno Travassos, editor do jornal desportivo MaisFutebol. Antes, essa responsabilidade estava a cargo de Vítor Hugo Alvarenga, jornalista do mesmo meio de comunicação.