Quanto lucrou realmente o FC Porto com as transferências
O FC Porto explica, nos Relatórios e Contas enviado à CMVM (individual e consolidado), a origem dos 82,5 milhões de euros de mais-valias que arrecadou com a venda de jogadores durante o exercício financeiro de 2014/15.
Os valores dizem respeito à parte dos Dragões na venda, já excluindo os valores que pertenciam a outros intervenientes e comissões. A maior fatia provém da venda de Jackson Martinez, ao Atlético de Madrid, seguindo-se as vendas de Danilo e Mangala.
Valores mais significativos
. Jackson – vencido por 35 milhões – 26,6 para o FC Porto
. Danilo – vendido por 31,5 milhões – 23,1 para o FC Porto
. Mangala – vendido por 30, 5 milhões – 22,8 para o FC Porto
. Defour – vendido por 6 milhões – 2,6 para o FC Porto
. Otamendi – vendido 12 milhões – 7,9 para o FC Porto
. Fernando – vendido por 15 milhões – 5,2 para o FC Porto
. Iturbe – vendido por 15 milhões – 4,7 para o FC Porto
. Atsu – vendido por 4 milhões – 1,9 para o FC Porto
. Castro – vendido por 2 milhões – 1,6 para o FC Porto
. Carlos Eduardo – 5,5 para o FC Porto, que ficou ainda com 50% do passe
. Souza – 2 milhões para o FC Porto dos 25% do passe pela venda do São Paulo para o Fenerbahçe
FC Porto: resultado líquido positivo de 19,3 milhões
O clube recebeu ainda 7,5 milhões do Real Madrid para anular a execução da opção de compra definitiva dos direitos desportivos do Casemiro, atribuída ao FC Porto no contrato de empréstimo do jogador. Aos cofres dos Dragões chegou ainda 1 milhão de euros relativo à transferência de James Rodríguez do Mónaco para o Real Madrid.
De fora ficam, contudo, os valores relativos à transferência de Alex Sandro para a Juventus, que custou aos italianos 26 milhões de euros, mas que já foi realizada após o fecho deste exercício, por isso não foi ainda divulgada a parte que ficou nos cofres dos Dragões.
FC Porto: passivo sobe 42 milhões
Mas nem tudo foram lucros. No exercício findo em 30 de Junho de 2015 foram registadas perdas por imparidade no montante de 1.1 milhões relativamente aos passes de Djalma, Opare e Quinõnes, com quem o clube rescindiu contrato.
No que diz respeito a compras, o FC Porto gastou 53,3 milhões de euros. Adrian Lopez (11 ME por 60%), Martins Indi (8,3 ME), Brahimi (6,8 ME), Quintero (4,5 ME por 50%), Aboubakar (3,5 ME por 30%), Marcano (3,2 ME), Hernani (3 ME por 75%), Otávio (2,9 ME por 33%), Evandro (2,8 ME) foram os principais gastos.
Aumento de salários de jogadores, corte ao presidente
No que diz respeito a custos, as contas apontam para um aumento de quase 20 milhões de euros com salários. De 48, 8 milhões, na época 2013/14, os Dragões passaram a pagar 70 milhões com ordenados a funcionários. 54 milhões são mesmo remunerações de atletas e técnicos, mais 20 milhões do que os 34 do ano anterior.
No relatório, a explicação para o aumento dos custos com o pessoal é o «forte investimento efectuado no plantel», além dos «prémios pagos aos atletas associados à excelente performance desportiva nas competições europeias».
Já ss custos de remunerações com jogadores emprestados a outros clubes foram de 600 mil euros, bem menos do que os 3,5 milhões do ano anterior. Mas os Dragões pagaram 6,1 milhões de salários a jogadores que outros clubes lhes emprestaram, como Oliver Torres e Casemiro.
Já as remunerações dos órgãos sociais baixaram um milhão, de 2.8 para 1,8. O presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, que recebeu na temporada 2013/2014 840 mil euros de salário bruto, tendo sido 520 mil euros de remuneração fixa mais 320 mil euros de gratificações, em 2014/15 recebeu apenas a remuneração fixa de 520 milhões.
Fonte: http://www.maisfutebol.iol.pt/contas/liga/quanto-lucrou-realmente-do-fc-porto-com-as-transferencias