Na sequência dos acontecimentos de ontem num avião comercial da Turkish Airlines, nos quais estiveram envolvidos 4 elementos dos Super Dragões, e tendo em conta a ampla cobertura dada pela comunicação social portuguesa, vimos por este meio esclarecer os mais preocupados sobre o ocorrido.35 ultras SD partiram ontem para Tel Aviv via Istambul com vista a apoiar o mágico Porto em mais uma jornada da Champions League. Durante o vôo, ocorreu uma discussão com um outro passageiro, na qual se viram envolvidos 4 desses ultras. Uma discussão idêntica a tantas outras que ocorrem diariamente, mas ainda assim em tom bem menos arruaceiro do que o visto num recente programa desportivo. Mediante o ocorrido, e tendo em conta as apertadas regras de segurança que hoje em dia são impostas a bordo de um avião, o Comandante entendeu por bem que os referidos elementos não prosseguissem viagem, tendo decidido aterrar em Roma e chamado as autoridades competentes. Os elementos foram retirados do avião, tendo os restantes passageiros prosseguido viagem, entre os quais, bem como os 31 ultras a bordo.
Em momento algum existiram detenções ou estiveram sob acusação de qualquer tipo de desacato. Ao contrário de outros, nenhum dos ultras é motorista de qualquer figura pública.
Mal pisaram solo italiano, foi-lhes informado que a partir dali fizessem o que muito bem entendessem. Ou seja, poderiam seguir no avião seguinte para Istambul, Tel Aviv ou para um qualquer destino de férias. Ainda assim, caso fosse essa a sua pretensão, podiam pernoitar na cidade eterna e hoje receberem uma benção papal! Ora, perante este cenário, não será seguramente necessário estar a bordo do avião para se perceber a gravidade (ou falta dela!) dos supostos desacatos.
Estranhamos por isso que ontem e hoje, uma parte muito significativa da comunicação social portuguesa tenha feito eco de detenções e desacatos, dando-nos honras de primeira página e de videos a bordo que nada mostram.
Obviamente que não gostamos de ver o nome dos Super Dragões envolvido neste tipo de acontecimentos. Lamentamos, e tudo faremos para que não se repitam. No regresso de Tel Aviv os 4 elementos serão naturalmente chamados á razão.
No entanto, lamentamos também que não tenhamos honras de primeira página aquando das nossas coreografias e prestações nos estádios e pavilhões onde compete o FC Porto.
Percebemos que algumas linhas editoriais se preocupem em branquear acontecimentos recentes com outros clubes portugueses, querendo fazer passar a ideia de que se tratam de situações idênticas. Não…nenhuma criança esteve em perigo de vida!
Percebemos que, para nos darem honras de primeira página, não tenham tempo para investigar o que sabe um treinador de um rival sobre um árbitro da 1.ª liga.
Percebemos que um avião tem um número reduzido de portas de acesso, logo há um trabalho jornalístico mais facilitado do que se existisse a porta 18.
Percebemos que falta tempo para investigar assaltos a camiões, sendo mais fácil para falar de aviões.
Percebemos que falar sobre portugueses é mais fácil do que investigar colombianos.
A única coisa que não percebemos é como é que alguns ainda têm cara para sair todos os dias á rua, envergando a carteira de jornalista. Tudo bem que se fazem acompanhar do cartão de associado do seu clube no bolso, mas há limite para a falta de imparcialidade e destaque que se dá ás notícias consoante o nome dos clubes.
Não sabemos se hoje estarão em alguma reunião de grupo algures em carnide para definir novas estratégias.
Mas enquanto isso, mais elementos dos Super Dragões vão partir no dia de hoje para Tel Aviv para fazerem aquilo que melhor sabem e mais amam fazer: apoiar o FC Porto!
Só os mais fortes sobrevivem, nós seremos eternos
A direção