Marco Gonçalves, conhecido por Orelhas, não foi incluído na acusação constante do despacho de indiciação do Ministério Público relativo à morte de Igor Silva, esfaqueado durante os festejos do título do FC Porto junto ao estádio do Dragão, na madrugada de domingo.
De acordo com a edição desta quarta-feira do Correio da Manhã, o despacho aponta apenas uma pessoa como autor do homicídio – o seu filho Renato, que está detido como principal suspeito. O documento refere Marco Gonçalves como estando presente nos minutos iniciais da altercação e agressões trocadas com Igor Silva, sendo que poderá ser apontado como arguido por ofensas corporais agravadas.
Ao mesmo tempo, o FC Porto decidiu reforçar a segurança para a receção ao Estoril, no sábado, o último do campeonato, que será marcado por nova festa da conquista do título, selado no passado sábado com uma vitória frente ao Benfica, no estádio da Luz (1-0). A mesma fonte diz que as autoridades pretendem evitar uma repetição de confrontos entre grupos rivais, mas o momento mais sensível será na rua, durante a receção do plantel na Câmara Municipal.
O Correio da Manhã cita também as primeiras declarações de Renato Gonçalves ao juiz de instrução, em que assume ter esfaqueado Igor, mas que a faca era da vítima, que «apareceu com vários amigos para o matar» – alega, assim, legítima defesa. Renato ficou em prisão preventiva, mas poderá passar em breve para prisão domiciliária.