As 5 conclusões que importa retirar da 15ª jornada da I Liga:
1. FC Porto e Sporting disputaram um jogo equilibrado mas em que a vitória acabou por cair, de forma justa, para os de Alvalade. O Sporting foi uma equipa mais madura, mais matreira e mais intensa. Soube tirar melhor partido das diferentes circunstâncias do jogo. Numa 1ª parte muito igual o Sporting soube aproveitar a única oportunidade que criou, já o FC Porto não conseguiu concretizar nenhuma das duas oportunidades flagrantes de que dispôs. Na 2ª parte o FC Porto, que passou a ganhar as segundas bolas depois da entrada de André André, subiu no terreno, encostou o Sporting mais à sua defesa, mas deu muito espaço nas suas costas para que o Sporting em 3 ou 4 contra ataques criasse oportunidades e acabasse por marcar o 2º golo aos 85 minutos. E isto sem conseguir criar uma verdadeira oportunidade de golo.
2. O que também fez diferença neste jogo foi que o Sporting teve um ponta de lança pleno e eficaz e o FC Porto não. Aboubakar tem imensas qualidades, já demonstradas nas diferentes competições, mas atravessa um momento de clara falta de inspiração. Qualquer semelhança entre o avançado pujante, que enchia o campo com os seus domínios de bola perfeitos, as suas fintas estonteantes e a desmarcação e remate fácil com o atleta sem chama em que se transformou é uma pura coincidência. Aliás, para lutar pelo campeonato e pela Liga Europa, o FC Porto precisa de se reforçar numa ou duas posições. Essas posições estão preenchidas e dão garantias para 90% dos jogos. Mas já não acontece o mesmo nos jogos que vão fazer a diferença.
3. A contestação a Lopetegui acentua-se ao ponto de neste momento já prejudicar o rendimento da equipa. Acho bem que todos se manifestem da forma que melhor entendem mas quando isso já prejudica a própria equipa é tempo de reflectirmos um pouco. Lopetegui será treinador enquanto a conquista do título for uma possibilidade. Nunca o FC Porto despediu um treinador por ser eliminado da Taça, ou perder na Taça da Liga, nem mesmo por ser eliminado da Liga dos Campeões! O campeonato é que conta. Claro que isto não impede nenhum treinador de sair por iniciativa própria. Mas mesmo neste caso tem de pedir muito!
4. Como sempre defendi e mantenho, estes jogos entre candidatos ao título são quase decisivos e valem mais do que os três pontos em causa. Basta atentar nos dois exemplos seguintes: se o FC Porto tivesse ganho estava 4 pontos à frente, assim está 2 atrás. Depois, veja-se que quem lidera ganhou os dois clássicos, quem vai em segundo ganhou um e perdeu outro e quem vai em terceiro perdeu os dois. Esclarecedor, não?
5. Não queria muito falar de arbitragens, até porque o Hugo Miguel fez o melhor que podia e tentou fazer uma arbitragem séria. Ainda assim não assinalou uma grande penalidade por falta sobre Corona e não marcou uma mão de Slimani à entrada da área. Já o mesmo, e sem qualquer surpresa, não se passou com Carlos Xistra. Perdoando vários penáltis ao Slb, teve clara influência no resultado, ajudando os lisboetas a ganharem.
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