Vítor Baía começou por dizer que o “FC Porto não começou com Pinto da Costa nem vai acabar com Pinto da Costa” para passar ao ataque a quem, pelas costas, está a preparar a sucessão do mítico presidente portista. No programa “Mercado” da CMTV, o antigo guarda-redes azul e branco diz que não lhe passa pela cabeça concorrer numas eleições contra o atual presidente, mas vai referindo que é a única voz discordante em relação à atual política desportiva do clube.
“Candidatar-me contra Pinto da Costa? Neste momento não me passa pela cabeça essa situação. Eu tenho sido, ao longo dos últimos anos, a única voz crítica em relação aquilo que tem sido a política desportiva do FC Porto. As pessoas parecem que têm medo, têm receio [de falar]. Não percebo porquê. Eu estou à vontade. Vejo muita gente a esconder-se, aqueles que andam em reuniões de bastidores nas costas de toda a gente e que não pensam [nisso]”, começou por adiantar, levantando um pouco mais o véu em relação a este assunto. mas sem nunca referir nomes.
“Quem são? Vários… com capacidade para virem a ser candidatos à presidência do FC Porto. As reuniões sabem-se, nas costas de toda a gente, depois vêm dizer como bons samaritanos: ‘Ai eu não, eu não’. Reuniões? Isso já não é de agora. Já vêm do tempo em que Pinto da Costa começou com problemas de saúde. As pessoas que dão grandes facadas na costas do presidente estão ao lado”, ripostou, acrescentando que não acredita que Pinto da Costa esteja à espera de ganhar um último grande título para sair “pela porta grande”.
“Mesmo ganhando um título, [Pinto da Costa] não sai. O problema é que pode ser muito importante ganhar no presente mas, como se costuma dizer, colocar toda a carne no assador, hipoteca o futuro.”
Promessas
Já não é de agora que Baía se assume como candidato à sucessão de Pinto da Costa. O colunista Record, já em janeiro, diz-se “preparadíssimo” para assumir os destinos do clube de Invicta e prometeu na CMTV acabar com um certo tipo de relações que perdura no clube onde se tornou uma lenda.
“Acabaria com todas aquelas relações promíscuas e recolocaria o clube no caminho de honestidade. A questão é a forma, como neste momento, é gerido aquilo que tem a ver as contratações. Não é gerido da forma mais correta. Iria custar muito dinheiro ao clube porque o clube tem uma estrutura muito pesada. Iria ser custoso.”