Há notícias surpreendentes. A Cofina, proprietária do Correio da Manhã, da CMTV, do Record e de outros títulos do panorama dos media portugueses, tem dívidas fiscais de cerca de 12,5 milhões de euros, isto depois de ter beneficiado de um perdão de 5,7 milhões. A totalidade das ações da empresa, mais de 112 milhões de títulos, estão penhoradas pela Autoridade Tributária. Se é questionável que quem tanto apregoa virtudes sem fim e aponte o dedo indiscriminadamente depois não cumpra as suas obrigações fiscais, penalizando dessa forma todos os contribuintes, o que verdadeiramente espanta é a denúncia desta vigarice ter escapado ao jornalismo de investigação do Correio da Manhã, que tanto se gaba de ser supostamente independente. É claro que não é independente, é claro que nem sequer é jornalismo, por mais que os escribas que assinam as pretensas peças jornalísticas gostassem que fosse. De qualquer forma, o esquecimento será com toda a certeza emendado nos próximos dias, com uma manchete do género “Correio da Manhã suga contribuintes”, ou até “Paulo Fernandes enriquece à custa do Estado” e porque não “Cofina rouba nos impostos”, bem como com uma profusão de programas dedicados ao tema na CMTV, auscultando a opinião de algumas das mais brilhantes mentes da redação, com Octávio Ribeiro à cabeça. Bem prega frei Tomás…
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