Recomeçou na passada quinta-feira o julgamento que envolve Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, e Hugo ‘Polaco’. Os dois são acusados de terem participado em confrontos físicos com aproximadamente 200 adeptos benfiquistas antes de um jogo de hóquei em patins entre o FC Porto e o Benfica na cidade do Porto. Além dos conflitos com os seguidores da equipa encarnada, a polícia também foi atacada por adeptos azuis e brancos com pedras e garrafas.
A primeira testemunha a prestar declarações foi um dos agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) que estavam a patrulhar o local na altura dos acontecimentos. Ele afirmou que havia “indicações claras” do que estava por acontecer. “Tínhamos um briefing. Sabíamos que tipo de seguidores iriam estar presentes e estávamos preparados para a situação. Havia indicações claras do que estava a ser planeado”, segundo o Correio da Manhã.
Durante o julgamento na sala de audiências, o juiz teve de interromper a sessão várias vezes devido a risos e conversas entre os arguidos. Quando o polícia descreveu o ataque dos Super Dragões, os arguidos reagiram com gargalhadas. No seu depoimento, o agente também mencionou o assédio e ameaças de que tem sido alvo, chegando ao ponto de não poder frequentar o estádio do FC Porto por medo de retaliações, resultando numa perda financeira, dado que deixou de fazer patrulha nos jogos. “Nem sequer posso ir ao estádio porque sou ameaçado. Sofri prejuízos e sou perseguido”, declarou.