Somos os ultras do FC Porto e não servimos só para aplaudir e dizer “Amén” a tudo. Desenganem-se aqueles que julgam que existimos para concordar com tudo e que aceitamos as vitórias como aceitamos as derrotas. De Agosto a Maio estivemos em todo o lado, em Portugal e no estrangeiro. Estivemos ao sol e à chuva, à semana e ao fim-de-semana, gastando milhares de euros, dias de férias e tempo que poderia ser dedicado à família, por exemplo.
Na terça-feira de manhã, os Super Dragões deslocaram por volta das 8h30 para o Olival. Barraram a rua que dá acesso à porta do centro de treinos, impedindo assim que os jogadores entrassem como habitualmente. O treino foi adiado umas horas, para o final da manhã. Não houve confrontos, não houve barafunda, não houve qualquer tipo de confusão, simplesmente os jogadores foram impedidos de entrar no Olival, e calmamente seguiram o seu caminho. Ninguém viu o treinador, pois ele entrou por volta das 8h da manhã. Poucas horas depois deste protesto tranquilíssimo, a comunicação social foi alertada e as notícias saíram rapidamente!
Pás e picaretas à espera da equipa no Olival?!? É a comédia total!!!
Se a comunicação social não nos espanta, o mesmo não se pode dizer quando somos atacados pelo próprio clube. O Dragões Diário, o novo conceito deste FC Porto moderno, ao jeito do labaredas, não perde uma para dar tacadas. Infelizmente, nem todas são bem dadas. Depois de darem os PARABÉNS ao regime pelo bicampeonato (“enquanto fomos bons rapazes, fomos sempre comidos”, lembram-se???), quarta-feira decidiram atacar o protesto dos Super Dragões, dizendo que nem em Cuba se fazem bloqueios. Como comecei por dizer, não servimos só para aplaudir. Aliás, aplaudir já estamos fartos de o fazer, não só em jogos como também, à partida e à chegada de Munique, e também na véspera do jogo na Luz, em pleno centro de Lisboa, quando a equipa chegou ao hotel Altis. Apenas uns exemplos.