O Portista de coração soube sempre que o seu futebol tinha de se impor duplamente, pela sua qualidade e pela sua perseverança, contra este país dos “seis milhões e meio” que gostaria de nomear campeões antes dos jogos, e de continuar a viver das velharias de há trinta anos, quando tinham tudo, absolutamente tudo a seu favor.
Mas um Portista de coração sabe que os campeões não são eleitos por voto popular. Tem que se conquistar no relvado, tem que se ganhar com o heroísmo dos guerreiros mais humildes.
Devemos estar todos unidos para ajudar a driblar os que gostariam de ser “campeões por decreto”, com a bênção das televisões, e dos pequenos poderes. Se queremos ser Campeões, temos que o mostrar nos momentos em que enfrentamos os “Chaimites” invisíveis, mas também quando os jogos nos correm menos bem, porque é nessas alturas que se conhecem melhor os Campeões. E nós somos Campeões. Sempre soubemos reerguer-nos e voltar ao combate, ao jogo, ao trabalho, à invenção do futebol.
Por isso, quando o país dos “seis milhões e meio” nos dá como acabados, e mortos, vamos mostrar-lhes como somos superiores, como somos heróis, como sabemos ultrapassar as fases menos boas.
Os nossos jogadores, os nossos rapazes são sempre os nossos heróis, mesmo quando perdem um jogo, são os nossos bravos. É estando ao lado deles até ao fim, enchendo-os de carinho e de confiança, que os vamos conduzir até à glória.
Vamos-lhes mostrar com a nossa energia e apoio aquilo que queremos. E todos sabemos o que queremos… queremos um plantel anti-vedetas, humilde e laborioso, corajoso e determinado, com um enorme sentido de equipa e de valor colectivo.
Vamos mostrar-lhes de que é que somos feitos. Vamos mostrar-lhes que somos extraordinários adeptos, e que a nossa alma e o nosso grito de incentivo os ajudará a chegar à vitória final.
Só nós é que o podemos fazer, porque afinal os Campeões somos nós, ou não CARAGO?
Crónica de: Paulo Bizarro