Julen Lopetegui é um treinador de futebol diferente. Tem personalidade, diz com frontalidade verdades que outros escondem e olha por cima das cabeças dos agentes da informação que o questionam como se lhes conhecesse o medo que lhes cerceia a capacidade e liberdade de escrever o que a verdade lhes exigiria. É livre, pensa em liberdade e tem coragem para defender o que afirma.
Arguto, preparado, já conhece as forças com quem tem que se bater. Fora e dentro dos relvados. Mais fortes as de fora do que as de dentro. Ele sabe-o e mostra que o medo não o vai atrapalhar nas batalhas que lhe vão mover aqueles que seguram as pontas do manto que não é diáfano nem fantasioso como o de Eça. É real e perigoso.
“O basco” como certa informação apetece tratar, não chegou ao Futebol Clube do Porto com um currículo de ouro debaixo do braço. Seria um fenómeno se, com a experiência que leva no exercício do mester, o tivesse amplo e valioso. O mesmo aconteceu com Mourinho, Vilas-Boas, Artur Jorge, Simeone, Guardiola, Espírito Santo, Leonardo Jardim, todos, todos os que iniciam uma carreira profissional, no futebol como em qualquer outro ramo de vida.
Neste primeiro ano que leva como técnico do FC do Porto o trabalho realizado, se não rendeu titulos sonantes como os que já constam do nosso Museu, esteve longe de decepcionar. Teve que constituir uma equipa a partir do nada, esteve envolvido em provas que exigem grande empenho, resistência e experiência dos jogadores, chegou ao grupo das oito melhores equipas a Europa na competição mais exigente do futebol mundial de clubes e a duas jornadas do fim do campeonato português, que não conhecia, está a três pontos do líder protegido pelo manto do favorecimento desleal e excessivo. Dois momentos apenas onde os acontecimentos poderiam tomar rumo diferente nos quais Julen Lopetegui, caso as opções tivessem sido outras e resultassem: o jogo na Madeira contra o Nacional e o encontro que terminou com o resultado em branco no reduto do líder encomendado.
Como era de esperar, as declarações feitas ontem pelo intemerato Julen Lopetegui na sala da imprensa após o jogo com o Gil Vicente, soltaram os cães de fila da equipa do regime. Ladram possessos em defesa dos chefes, com a cobertura do extenso manto
que cobre a tenda no feudo capitalista dos fundos sacados aos contribuintes, a reclamar a ração que lhes garante os tachos e as mordomias que a Corte alfacinha lhes proporciona.
Acalmem-se. Vão ter muito tempo para tentar derrubar“espanhol basco” que “os tem em su sítio”..,
Fonte: http://rmsilvadacosta.blogspot.pt/2015/05/julen-lopetegui-da-o-peito-as-balas-e.html