“Também tenho saudades, mas os tempos são outros e o que devia mudar não muda, ficando-se o nosso clube por mudar o que estava bem.
Deixamos de ser um clube com força, tornamos-nos demasiado permissivos e aceitamos com facilidade a derrota e o insucesso. Isto vai da direção, passa pelos jogadores e culmina nós próprios adeptos que acabam por se conformar com o mediano.
O mediano não chega, nunca chegou para nós e não podemos continuar apenas na toada de arranjar desculpas, sejam elas quais forem. Não jogamos um caralho, não pressionamos alto, não metemos o pé onde outros metem a cabeça, somos muito macios.
Que saudade dizia o Luis, que saudade de ver o Paulinho Santos, Paulo Assunção, Fernando, Maniche, Costinha, Fernando Couto, Jorge Costa! Que saudade da intensidade e da entrega ao jogo, da máxima Portista e da alma portuense que nos distinguia dos outros!
Não vou ao estádio, nem tenho lugar anual, simplesmente porque, para além de não ter dinheiro para tal coisa, não tenho tempo para o fazer. Mas isso não faz de mim menos portista e não me faz gostar menos do meu clube. Muitos dizem que se deve estar com o clube na vitória e na derrota, eu digo que se foda isso! Não somos o Dortmund nem queremos coisas lindas! Queremos vitórias, títulos e humilhar contra quem jogamos! Acho bem que se assobie, que se ameace, que voltemos a ser a massa adepta mais exigente e menos conivente com esta apatia do nosso clube perante o falhanço. Não sou adepto de derrotas e vitórias, sou adepto do Futebol Clube do Porto e este não é o Futebol Clube do Porto!
Começa por nós, adeptos! Andamos (todos, os que têm o lugar anual ou pagam para ir a jogos sem o terem e mesmo os que estão em casa ou no café a ver os jogos com o coração nas mãos) a sustentar um grupo de iluminados e de chulos que não servem o clube mas sim o usam para se servirem!
Tudo o que estou a dizer já foi dito por alguém, mas tem de ser dito por muitos mais! Há que tomar uma posição, reivindicar o que outrora foi um clube lutador, que rectificava os seus erros a curto prazo e não os prolongava deixando-nos com a garganta dorida e sentimento de desilusão completa.
Temos de dizer chega, é uma vergonha o futebol que jogamos, a direção que temos e aquilo que neste momento significamos no panorama do futebol!”
by PM – FêCêPê – Friends Club of Porto