Creio que, a esta altura, muitos daqueles que preconizavam a hecatombe Portista já perceberam que esta não aconteceu. Os mui propalados zero titoli não tiveram nenhum efeito no estilo de jogo, na dinâmica, no treinador, na direcção, nos jogadores. E isto porquê? Por causa da magnífica campanha que fizemos na Champions League.
Deixemo-nos de tretas – essa era a prioridade. De uma vez por todas, convençamo-nos disso. A notícia de ontem d’O Jogo põe, definitivamente, o ponto final nesse assunto. A vitória contra o Bilbao, na terça feira seguinte, rendeu 1M. A Taça de Portugal renderia, no final, 300 mil, a Taça da Liga 850 mil e o Campeonato pouco mais de 1,5M. Essa é a realidade.
O FC Porto ganhou mais de 27M na Champions League, fora o market pool que ainda há-de vir. As mais valias financeiras decorrentes da boa campanha – sim, a nossa derrota com o Bayern não esmoreceu em nada a credibilidade do FC Porto, hoje nos oito primeiros da Europa – estão à vista: valorizamos o nosso ponta de lança para uns estratosféricos 35M e os nossos laterais para a linda quantia de 57,5 a 62M. E ainda conseguimos potenciar Casemiro ao ponto de ter rendido 7,5M, embora nos tenha sido emprestado. Junto com as vendas de valor menos significativo mas também interessante, ultrapassamos largamente a fasquia dos 100M. Uns falam em 103, outros em 111, outros em 120. O R&C o esclarecerá. No entanto, some-se a receita da Champions e ter-se-á um receituário absolutamente recorde. E o mercado ainda não fechou! Julen Lopetegui consegui o feito de dar este milagre ao FC Porto, após alguns anos de miséria europeia da nossa parte. Mesmo assim, nada parecido sequer remotamente com o Apocalipse benfiquista do predestinado.
As nossas prioridades, o ano transacto, foram os jogos da Champions, e tiveram um retorno ímpar. É claro que os invejosos media tratam de fazer comparações absurdas e previsões oraculares sinistras por forma a menorizar este feito. Rui Pedro Braz, no MaisTransferências de ontem, comparou este ano de vendas com o do benfica no ano anterior, como se os 100M do benfica fossem verdadeiros ou sequer confirmados pela instituição ou a CMVM. Uma mentira propalada muitas vezes não se torna verdade. E Pedro Sousa, ex-director do sporting, fala nos custos operacionais de mais de 50M anuais – 500! 1000! 2 mil milhões! – que fazem com que “isto não seja tudo lucro e seja insustentável a prazo”, e a “elevada massa salarial” passa a vida na boca desta gente. Certo que não teremos 100M de lucro, certo que não faríamos as vendas se não precisássemos delas, mas esta sempre foi a gestão do FC Porto.
No entanto, este ano mostra uma inversão de paradigma. André André, Danilo Pereira, Sérgio Oliveira, Varela, Maxi, Cissokho, Maicon, Marcano, Casillas e Rúben Neves não deverão ser para vender, a não ser que haja alguma proposta galáctica por qualquer um deles. E assim, é criado um eixo, novamente como nos anos anteriores à Derrocada Fonsequista, que será a base do jogo do FC Porto. A venda de 2 ou 3 titulares por época faz parte da gestão Portista desde sempre, e não vai mudar. Ainda bem.
Actualizarei o artigo depois da conferência de imprensa de Lopetegui, se alguma nota digna de registo se propuser. E já agora, este insurrecto está farto de partir tudo no balneário, como bem se vê:
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