Fernando Gomes, administrador financeiro do FC Porto, discutiu o processo de venda do jogador Otávio ao clube saudita Al Nassr. De acordo com Gomes, o acordo envolvia uma soma total de 60 milhões de euros.
O pagamento desse montante foi dividido de forma uniforme: 20 milhões de euros foram pagos aquando da assinatura do contrato – uma condição que foi cumprida; os restantes 40 milhões foram organizados em prestações de 20 milhões a serem efectuadas em Julho 2024 e Julho 2025 respectivamente.
Com o intuito de antecipar a receção dos 40 milhões que faltavam, a direção financeira da SAD portista consultou parceiros internacionais especializados em financiamento. Foi-lhes assegurado que não teriam problemas em efetuar um desconto na operação, um facto que foi surpreendentemente contraditório, dado que a liquidez obtida não cumpriu as expectativas.
Tendo em conta tal situação, surgiram complicações por parte do Al Nassr, principalmente devido a contratempos na sua estrutura financeira e administrativa. O Al Nassr comprometeu-se, segundo o contrato, a assinar uma notificação por parte de qualquer banco e, em caso de pagamento devido, o pagamento seria efetuado directamente ao banco, e não ao FC Porto. Contudo, essa abordagem falhou.
A fim de remediar o défice de liquidez inesperado incluído no planeamento financeiro, o FC porto recorreu a direitos televisivos de dois anos. Quanto ao pagamento de 20 milhões estipulado para 1 de Julho, ainda não foi conseguido o adiantamento dessa operação, adiantou Fernando Gomes.