Declarações do médio do Al Nassr, ex-FC Porto, em entrevista exclusiva a O JOGO
Consensual entre os portistas, não tanto entre os rivais: a personalidade forte de Otávio deu muito que falar, mas o médio sublinha que soube sempre “ter cabeça”.
Houve satisfação entre os adeptos rivais por vê-lo sair…
-Gostava das críticas, gostava disso. Era o que me dava mais vontade. Sei como é. Se estivesse no clube deles, iriam gostar, de certeza, da minha forma de jogar e de agir. Já vi alguns a fazer isso e eles gostavam… É normal, é rivalidade e uma rivalidade boa. Quando transcende é que é um problema. Já errei, já assumi, mas é algo que passou e entendo o lado deles. Mas nunca foi para insultar ou algo do género. É uma rivalidade boa. Brincar, aceitar quando se perde e tentar recuperar no jogo seguinte.
Já irritou alguns adversários na Arábia Saudita?
-[Risos] Acho que sim. É a minha forma de jogar. Gosto disso e acho que, no futebol, há que ter cabeça, saber jogar com isso. Muita gente dizia que nunca era expulso e a verdade é que só fui uma vez, com o Inter [na Liga dos Campeões 2022/23]. Tinha cabeça, sabia como fazer as coisas e no futebol tens de saber jogar com isso, se não podes complicar tudo. Tens de ser forte mentalmente.
Não sente que, por vezes, exagera nos protestos?
-Não, porque na forma como falava, apesar de parecer forte, nunca utilizei um palavrão maior do que os que já vi muita gente dizer baixinho, com os árbitros a escutarem e a não fazerem nada. Quando falava, era mesmo para reclamar que uma falta não existia ou que devia ser marcada para o outro lado. Nunca a chamar nomes feios aos árbitros ou às mães deles. É algo que nunca farei. Posso ter o meu jeito de falar, com os braços, mas de forma educada e não com tantos palavrões, como já vi muita gente dizer, mesmo que não pareça e sem gestos. Mas estão ali a “matar” o árbitro e ele sem fazer nada.