Declarações do treinador do FC Porto, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Vitória de Guimarães, marcado para este sábado (18h00) e referente à última jornada da Liga Bwin
Campeonato dos grandes: “”Existiram alguns momentos durante a época que não foram tão positivos. Já tivemos oportunidades de falar nisso. O dito campeonato entre grandes estamos à frente em termos de pontuação. Se fosse entre nós, entre as equipas que estão no top-4 neste momento, é porque não fizemos tão bem as coisas contra equipas teoricamente mais acessíveis.”
Trabalho emocional para última jornada: “Como queremos ganhar o jogo, também depende muito do que fizermos contra uma equipa que se organiza bem defensivamente, que não precisa de muitas oportunidades para fazer golos. Tirando as equipas que estão nos quatro primeiros lugares, é a equipa que tem menos golos sofridos. Olhámos para a boa organização defensiva do Vitória e o que podemos provocar para desmontar a boa capacidade que têm de defender. Se defendem mais alto ou mais baixo, se têm alguma fragilidade… Isso é que é importante para mim. Só focados nessa situação de poder desmontar os adversários e sermos consistentes para não sofrermos. É desta forma como pensamos. O ambiente foi exatamente igual ao das semanas passadas, por isso, completamente tranquilo e confiante para dar uma boa resposta neste jogo.”
Elogios e críticas: “Faz parte da minha forma de estar. A minha equipa é pressionante, eu sou pressionante, sou muito incisivo nas ideias que quero, a equipa também. Normalmente, a equipa é um bocadinho a imagem do treinador. Sou muito exigente comigo, mas não é nos melhores momentos que fico desconfiado. É no elogio, e fazem-me alguns. Sinto-me mais confortável quando me criticam, chamam nomes, assobiam. Não estou a mandar indireta. É o que sinto. Por isso é que digo que é nos melhores momentos se tende a relaxar, porque acho que ganhar, para quem gosta de ganhar, passa a ser um vício. Sinto-me normal a ganhar e acho que é algo de anormal perder. É o meu estado de espírito. Não consigo. E se quiser mudar para ser simpático para algumas pessoas, não o vou fazer, porque não consigo. Não sou eu. Prefiro agarrar nas malinhas e ir para a minha casa na Anadia. “
Opções mais ofensivas para este jogo: “Não. Normalmente faço-o para ganhar o jogo. Trabalhamos para ganhar o jogo. Nos últimos jogos meti muita gente na frente porque precisava de ganhar, para continuar na luta e somar mais três pontos. Gosto desse equilíbrio numa equipa, gosto que faça golos, mas que e não sofra. Isto tem que ver com equipa, não é com a linha defensiva ou o guarda-redes. O equilíbrio não tem só que ver com os momentos em que temos a bola ou nos esquemas táticos, o tal quinto momento, mas também quando não a temos. Pela forma como trabalhamos, se ficar 6-4 alguma coisa não está bem. Tem o resultado, que é o mais importante, mas, depois, dentro do nosso perfecionismo, é entrar em contradição e não o faço.”