Bom dia,
De casa
Hoje é dia de tudo ou nada na Taça da Liga. Em Moreira de Cónegos, onde só a vitória interessa, o FC Porto fecha as contas do Grupo B com o objetivo de transformar a desvantagem de dois pontos na qualificação para as meias-finais da prova, o que coloca os azuis e brancos “perante mais um desafio”, conforme resumiu Nuno Espírito Santo, disposto, ele e a equipa, a “dar tudo” para o superar.
José Sá, que defendeu a baliza dos Dragões nos dois jogos anteriores da competição, frente ao Belenenses e ao Feirense, também projetou o encontro decisivo da última jornada, reiterando as metas traçadas pelo treinador e enfatizando os cuidados que o Moreirense inspira. Nada, no entanto, que impeça a equipa de “encarar o jogo como encara todos os outros” e de entrar para vencer.
As probabilidades de o FC Porto seguir em frente na Taça da Liga no ano de estreia do formato com “final four” são claras e resumem-se assim: é preciso ganhar ao Moreirense e esperar que o Belenenses não vença o Feirense (a única equipa do grupo sem hipóteses de qualificação) ou, caso o faça, que vença por menos golos de diferença do que os Dragões em Moreira de Cónegos. Está tudo explicado aqui.
No Dragão os bilhetes para o jogo continuam disponíveis até às 17h00, o que lhe dá tempo de sobra para percorrer 38 quilómetros de automóvel e chegar a Moreira de Cónegos antes das 21h15. É certo que o encontro da última jornada tem transmissão televisiva (na RTP1 e na Sport.TV1), mas a lógica manda dizer que o apoio no estádio aumenta as probabilidades de êxito da equipa. Não foi ao acaso que no final do treino aberto de 1 de janeiro Nuno Espírito Santo disse: “É mais fácil quando sentimos o apoio da nação portista”.
No último treino antes do jogo, Nuno Espírito Santo ainda não pôde contar com os lesionados Layún, Otávio, André Silva e Kelvin. Layún fez apenas tratamento, Otávio e André Silva acrescentaram trabalho de ginásio e treino condicionado à terapia, e Kelvin, mais próximo da recuperação, evoluiu no relvado de forma condicionada.
Do Mundo
A transferência da gestão da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto para os seis municípios da área metropolitana onde a STCP opera (Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo) foi assinada ontem, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, no Porto, e entra em vigor no início de fevereiro. A Área Metropolitana do Porto nomeará quatro de cinco administradores, dois executivos e dois não executivos, cabendo ao Estado indicar o administrador com o pelouro financeiro.
O Governo atualizou ontem a lista de devedores à Segurança Social com 14.447 novos casos, que representam um valor em dívida de 276,7 milhões de euros. A lista de devedores foi atualizada a 31 de dezembro de 2016 e integra 21.376 contribuintes, com uma dívida total que ascende a 879 milhões de euros.
Um motim, que se prolongou por cerca de 17 horas numa prisão sobrelotada de Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas, provocou a morte a pelo menos 55 reclusos durante um confronto entre duas fações rivais de narcotraficantes, que tomaram como reféns outros presidiários e pelo menos 12 guardas prisionais, entretanto libertados sem ferimentos. Segundo as autoridades locais, este foi “o maior massacre do sistema prisional” do estado, que assumiu proporções de extrema violência e permitiu a fuga de um número indeterminado de prisioneiros, alguns deles já capturados.
Aconteceu
Há 29 anos, a 3 de Janeiro de 1988, o FC Porto, já campeão europeu e do Mundo, e a dez dias de completar o pleno de vitórias internacionais com a conquista da Supertaça Europeia, arrasava o Rio Ave em Vila do Conde. Gomes, que até desperdiçou um penálti, fez um “hat-trick” na goleada (7-0) que Rui Barros começou a construir aos 19 minutos e Inácio fechou aos 85. Jogava-se a 15.ª jornada do campeonato. Curiosamente, hoje, em Moreira de Cónegos, Rui Barros e Inácio estarão mais separados no espaço do que no tempo. Um no banco do FC Porto, outro no banco do Moreirense.
Para ouvir
Não é fácil colar um rótulo aos The Temper Trap, que fazem música cheia de ritmos pulsantes e capaz de cruzar vários estilos. Formada em 2005, a banda australiana assistiu à adaptação dos seus ensaios iniciais a anúncios publicitários, ao cinema e aos videojogos, mas o primeiro grande êxito só chegou em 2009, com o single “Sweet Disposition”, do álbum de estreia “Conditions”. A 14 e 15 de fevereiro, o quarteto de Melbourne toca no CCB, em Lisboa, e no Hard Club, no Porto, numa série de espetáculos que passa primeiro por Austrália, Luxemburgo, Alemanha, Áustria, República Checa, Itália, Suíça e Espanha. Do álbum “Thick As Thives” retirámos a faixa “Alive”, só para abrir o apetite e, porque, como se canta no refrão, sabe tão bem estar vivo. Mesmo que da letra deste tema sobressaia uma enorme carga de ironia a propósito de dias repetitivos e pagamentos de impostos…
Até amanhã,
Alberto Barbosa