Presidente eleito considera que não há motivos para a atual SAD do FC Porto se manter em funções
André Villas-Boas ficou satisfeito pelo facto de o presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto ter agendado a tomada de posse dos novos órgãos sociais para o dia 7 deste mês, mas não inteiramente satisfeito, entendendo que o processo deveria estar a desenrolar-se de forma mais célere, a começar pela alteração da composição da SAD, da maneira a poder começar a trabalhar o mais rapidamente possível.
“Podemos já considerar que é uma vitória a 7 de maio. Graças ao doutor Lourenço Pinto e às suas diligências, conseguimos antecipar por alguns dias, não é uma grande vitória, porque numa situação destas, ainda por cima com uma vitória tão expressiva, o processo teria de ser acelerado. Tendo em conta a história do senhor presidente, temos de respeitar, sendo que não nos satisfaz de modo algum, porque há temas muito quentes para resolver, há um problema enorme de tesouraria como todos bem sabemos, que é preciso atacar o quanto antes, pelo que amanhã esperamos a máxima cooperação por parte da SAD do FC Porto para poder cooptar o doutor Pereira da Costa para iniciar as funções na sociedade desportiva e ter controlo sobre documentos, ordens e todos os contratos a que temos de ter acesso. Há muitas questões que não são tão fáceis de resolver do ponto de vista jurídico e burocrático, porque toma-se conta do clube, mas há situações em que não poderemos mexer se não houver a máxima cooperação por parte dos órgãos sociais da sociedade anónima. Nos outros clubes houve demissão imediata, houve assembleias gerais de destituição dos órgãos sociais que foram marcadas em antecipação, neste caso não há e não vejo motivo nenhum”, referiu André Villas-Boas, à entrada do Dragão Arena, antes do jogo de voleibol feminino entre o FC Porto e o PV2014, insistindo no apelo à cooperação por parte dos atuais dirigentes.
“Depende um pouco da humildade das pessoas em perceber que este ato eleitoral foi expressivo, já aconteceu noutros clubes que as pessoas tiveram essa humildade de perceber que o momento acabou, os sócios votaram numa vitória estrondosa e não há razão nenhuma para eles continuarem a estar em funções. Esperamos deles a máxima colaboração, já houve uma primeira reunião nestes dias entre as partes, o que nos satisfez, mas precisamos de começar a acelerar processos”, reforçou o presidente eleito, esperando novidades na reunião desta quinta-feira: “Esperemos que sim, gostava de ter essa confiança, mas isso vai depender das pessoas, da sua humildade e de respeitarem a opinião dos sócios.”
A propósito da entrada de 2.500 sócios para o FC Porto após as eleições, André Villas-Boas mostrou-se entusiasmado e apelou a que mais interessados surjam, sugerindo novas campanhas de angariação de associados.
“É uma boa novidade, evidentemente, vem um pouco em linha com o que as pessoas iam dizendo em sede de campanha, que em caso de vitória se tornariam sócias de novo, muitas pela primeira vez. Este é um fator expressivo, desde já fazendo um pedido aos não sócios, adeptos e simpatizantes para que quando a gente entrar em funções vamos lançar uma nova campanha de angariação de sócios e que isso crie uma nova dinâmica. Torna-se também premente rever toda a base de dados dos associados do FC Porto, atualizá-la e a partir daí lançar novas campanhas e que se faça um aproveitamento máximo deste momento”, rematou.
Entretanto, André Villas-Boas revelou que desta vez não foi convidado por Pinto da Costa para assistir ao jogo de voleibol feminino na tribuna presidencial, explicando que já tinha comprado bilhete.