Candidato à presidência dos azuis e brancos diz que clube “está numa situação-limite”
“O FC Porto continua a ser uma galinha dos ovos de ouro, que cada vez produz menos, mas que para os próprios produz bastante”. A frase é de André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto nas eleições de 27 de abril, que, em entrevista ao ‘Público’ e à Rádio Renascença divulgada hoje, volta a colocar as contas do clube em primeiro plano.
“Parece surreal que, enquanto podíamos ter crescido para nos tornarmos no melhor clube nacional e uma potência do futebol europeu, acabámos por nos enterrar em dívidas fruto de más decisões desportivas e financeiras. Parece-me que se passa um enriquecimento absoluto de pessoas paralelas ao seu universo, um enriquecimento também de pessoas vinculadas à administração. Se não me engano, nos últimos 15 anos, há quase 27 milhões de euros pagos à administração em remunerações”, afirmou.
Sobre a disputa com Pinto da Costa, AVB sublinha que tem “registado, nos últimos dois anos, uma série de ataques pessoais e profissionais” contra si “por parte do presidente Pinto da Costa”. “Acho que ele nunca teve noção que esta candidatura se pudesse tornar tão forte”, atirou garantido que, apesar de temer que o FC Porto fique “totalmente refém” de pessoas ligadas a Pinto da Costa caso não vença as eleições, não ficará no papel da oposição. “O FC Porto encontra-se numa situação-limite, não queria estar a fugir às minhas responsabilidades, mas, em 2028, já não é para mim. (…) O FC Porto, como o conhecemos, já não será o mesmo”.